Mesmo distante dos centro urbanos, o cuidado com a Covid-19 deve ser o mesmo. Por isso, na manhã desta terça-feira (28), a Patrulha Rural da Guarda Municipal realizou uma ação para orientar a população quilombola quanto ao coronavírus e para distribuir máscaras de proteção e panfletos informativos sobre a pandemia. Nesta terça, o 7º Distrito, perto de Triunfo, foi a localidade contemplada pela atividade.
Segundo o coordenador de atuação da Patrulha, o guarda municipal Fagundes, também estão sendo realizadas fiscalizações nos comércios da zona rural, com o objetivo de coibir aglomerações.
“Desempenhamos um trabalho de prevenção na colônia, levando máscaras para distribuição e orientações à comunidade. Além disso, seguimos atendendo com ações de segurança e combate à crimes”, acrescenta.
Patrulhamentos são realizados durante o dia e à noite. A população deve utilizar o contato telefônico 153 para denúncia de descumprimento de medidas preventivas previstas em decretos municipais, como também de atos de criminalidade.
Segurança para quem mora na zona rural
A ação dos guardas municipais tranquilizou os moradores da localidade, que lidam, muitas vezes, com a descrença do vírus que, aparentemente, está distante de suas casas. De acordo com o presidente da Associação dos Quilombolas do Algodão, Nilo Dias, a presença dos integrantes das forças de segurança promove a conscientização quanto ao perigo do vírus.
“É muito bom este tipo de ação porque mesmo a gente sabendo dos riscos que corre, conscientiza mais, tem uns que não acreditam, dizem que não é verdade, que é política, e esse tipo de ação é importante para mostrar que é verdade. Temos muitas famílias analfabetas, mas agora com 100% das crianças da comunidade na escola, elas vão ler as instruções dadas pelos guardas para conscientizar os pais”, destacou Dias.
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Ficar em casa
A importância do isolamento social e o cuidado ao frequentar a zona urbana de Pelotas também foi salientado pela Patrulha Rural. Morador do 7º Distrito, Volmir Dias, compartilhou com os guardas sua rotina quando precisa sair de casa. “Se a pessoa não se cuidar, como vai ficar, né? Aqui ficamos em casa, não dá para sair, quando tem que sair, já uso a máscara”, ressaltou.
Atualmente, 116 famílias vivem na comunidade, a qual é divida em nove núcleos na região. Para melhor atender os quilombolas, os agentes de saúde que atuam no local disponibilizaram um número de WhatsApp para que eles entrem em contato em caso de sintoma gripal.