Rio Grande do Sul

Profissionais da saúde de Rio Grande realizam monitoramento da Covid-19

Nesta segunda-feira (3), profissionais da saúde de Rio Grande começaram a visitar domicílios do bairro Cidade Nova. Eles participam de um projeto piloto, denominado “Oxigenar pela Vida, todos contra a Covid-19”.

O objetivo é reforçar o monitoramento precoce na comunidade e atuar em áreas em que foram detectadas ocorrências de internações ou óbitos pela Covid -19 sem que os pacientes tivessem ligação com a rede pública de Saúde de forma contínua.

Patrícia Vieira, enfermeira gerente de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde, coordena o projeto. De acordo com ela, na análise dos dados referentes aos casos graves e óbitos, realizado por profissionais do Grupo de Trabalho de Testagem e Monitoramento, nos pacientes internados ou que vieram a óbito foi evidenciado que eles não faziam uso do sistema público de Saúde (SUS), por meio das unidades de atenção primária (UBS) ou das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) disponíveis.

“Até então, eles não haviam acessado as portas de emergência que fazem parte da rede de Saúde do SUS, o que pode evidenciar o uso de sistemas complementares de Saúde, por convênios e consultas particulares, ou a total falta de acompanhamento. O projeto faz a busca desses pacientes nas residências, nas áreas em que se identificam essas vulnerabilidades e foram as que mais registraram ocorrências sem a ligação desses pacientes com o nosso sistema”, explica a coordenadora.

Como funciona

Na prática, o projeto leva os profissionais da Saúde às residências portando um questionário, a fim de levantar o estado geral do paciente e o monitoramento dos sinais de oximetria (medição da quantidade de oxigênio circulante no sangue do paciente) e da temperatura. Patrícia alerta que há evidências da manifestação de baixa oximetria no sistema sem manifestação clínica de insuficiência respiratória, dispneia ou mal estar na fase inicial.

“Essa aferição é uma forma proativa que busca a redução de intercorrências e evolução do caso para síndromes respiratórias mais graves. Desta forma, podemos fazer o levantamento dos casos em que esses pacientes ainda estão no domicílio e que o nosso monitoramento possa ser continuado com a equipe multiprofissional ou as equipes de Saúde do território, para que haja o ingresso na nossa rede de Saúde pública com o monitoramento contínuo de seu caso. Assim, pode-se priorizar os pacientes que evidenciarmos índices inadequados nessa primeira pesquisa”.

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