A Secretaria da Saúde do Estado (SES RS), por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), divulgou nesta quarta-feira (21) alerta sobre o consumo de picolés da marca FrutiBom, com sede em Sapiranga e que não possuía licença para a produção do alimento. O picolé é suspeito de causar surto em consumidores que tiveram sintomas de náusea, vômitos, dor abdominal e diarreia.
Os primeiros relatos de mal-estar após o consumo foram na última sexta-feira (16). Até o momento, cerca de 200 casos já foram identificados em Sapiranga e Xangri-lá, além de relatos ainda não contabilizados nas cidades de Canela e Gramado.
Todas pessoas foram atendidas ambulatorialmente, sem necessidade de hospitalização. Amostras do produto e da água utilizada na produção foram encaminhadas para análise laboratorial, assim como exames de pessoas com sintomas para a identificação da doença. Assim que tiver um resultado laboratorial sobre o produto, feito com o objetivo de verificar se há relação entre o consumo do picolé e os sintomas nos consumidores, o mesmo será tornado público.
A partir da notificação, o Programa Estadual de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar do Cevs iniciou a investigação na segunda-feira (19). A Vigilância Sanitária do Estado também solicitou a interdição cautelar de todos os produtos (gelados comestíveis) da empresa Caliston Otoniel Oliveira (marca FrutiBom). As vigilâncias em saúde municipais deverão notificar à vigilância epidemiológica do Cevs todos os casos identificados.
Aos consumidores, a orientação é que, caso tenham ingerido o produto e apresentado sintomas como os até agora relatados (náusea, vômitos, dor abdominal, diarreia), contatem imediatamente a vigilância em saúde de seu município ou ligue para o Disque-Vigilância do Cevs, através do fone 150 (que funciona de segunda a sexta-feira das 8h30 às 22h e aos sábados, domingos e feriados das 8h às 20h). Caso necessário, procure atendimento médico. Caso a pessoa ainda tenha o produto, mantenha-o na embalagem original, fora do alcance de crianças.
Não há até o momento mais informações de quais outras cidades podem ter tido o produto comercializado e buscas ativas foram orientadas às vigilâncias municipais. A fiscalização do município na empresa já identificou que, além da falta da autorização, a empresa não realizava a pasteurização dos produtos (etapa obrigatória em indústria de gelados comestíveis).