O mapa definitivo da 37ª rodada do modelo de Distanciamento Controlado tem 86% do Estado em alerta para risco epidemiológico alto ao coronavírus. No mapa preliminar, era 89,5%. A redução ocorreu porque o Gabinete de Crise decidiu pelo deferimento de um dos três pedidos de reconsideração feitos por associações regionais e municípios, que solicitaram a permanência em bandeira laranja.
O pedido de Guaíba foi aceito. O Gabinete de Crise entendeu que, mesmo com aumento de internações na região nos últimos sete dias, os números indicam redução da velocidade epidemiológica. Além disso, houve diminuição de óbitos na semana, apesar de ainda seguir em número considerável, e elevação da capacidade de leitos em comparação à semana anterior. Como a região não tem plano de cogestão, os protocolos seguem os da bandeira laranja do Distanciamento Controlado.
A região 9 (Guaíba) compreende 19 municípios, sendo que três já se enquadravam no benefício da regra que define que zero óbito e zero internação nos últimos 14 dias permite utilizar os protocolos da bandeira laranja. São eles Chuvisca, Dom Feliciano, Mariana Pimentel.
O segundo recurso, de Passo Fundo, foi indeferido. O Gabinete de Crise considerou que a região tem elevado número de hospitalizações confirmadas com Covid-19 e, ao mesmo tempo, está inserida em uma macrorregião com capacidade hospitalar em situação de alerta. Um terceiro pedido, oriundo de município, foi encaminhado sem haver previsão legal no decreto estadual do Distanciamento Controlado. Por este motivo, o recurso foi caracterizado como “não conhecido”, ou seja, não foi considerado válido.
Das 21 regiões Covid, 19 estão em cogestão e podem adotar protocolos próprios, elaborados pelas respectivas associações regionais. Apenas as regiões de Guaíba (que teve a solicitação deferida nesta 37ª rodada) e Uruguaiana não aderiram à gestão compartilhada.
O Gabinete reforça que, mesmo com o início do plano de vacinação – antecipado para esta segunda-feira (18/1) –, a pandemia não acabou, sendo necessário seguir com todos os cuidados. O mapa continua refletindo o risco alto de esgotamento da capacidade hospitalar e velocidade de propagação do vírus no Estado.