O Rio Grande do Sul encerrou o primeiro mês de 2021 com nova retração na violência. Os dados divulgados nesta quinta-feira (11) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) mostram que o número de vítimas de assassinatos caiu 11,4% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de 158 para 140.
É o menor total para o mês desde 2007, quando houve 138 homicídios. Em relação a 2018, último ano antes da atual gestão estadual, que teve 233 vítimas no primeiro mês, a queda é de 39,9%. Na comparação com o pico da série histórica, com 348 homicídios em 2017, o dado deste ano representa redução acima da metade – 59,8%.
“O aprofundamento da queda nos indicadores criminais é reflexo da prioridade com que tratamos a Segurança Pública. Com base nas três premissas do RS Seguro – integração, inteligência e investimento qualificado –, reequipamos as polícias com mais de 1,4 mil novas armas, 14 mil coletes e 740 veículos nos últimos dois anos”, afirmou o vice-governador e secretário da Segurança Pública, delegado Ranolfo Vieira Júnior.
A estratégia de foco territorial determinado pelo RS Seguro se mantém como fator fundamental para puxar a queda no total de homicídios no Estado. Entre 10 maiores reduções verificadas em janeiro, nove ocorreram em municípios que integram o grupo de 23 cidades priorizadas pelo programa.
Latrocínios têm retração de 20% no RS
Assim como os homicídios, os roubos com morte no Estado também mantiveram em janeiro a tendência de redução verificada nos últimos dois anos. O número de latrocínios caiu de cinco no primeiro mês de 2020 para quatro no mês passado, o que representa retração de 20% e o menor total desde 2008, quando houve três casos.
O dado também significa uma queda pela metade em relação ao total do último ano antes da atual gestão, quando foram registrados oito latrocínios. Comparados com o pico da série histórica, em 2017, quando o Estado teve 25 ocorrências de roubo com morte em janeiro, os quatro casos neste ano equivalem a uma redução de 84%.
Estabilidade nos feminicídios e queda nos demais índices de violência contra a mulher
Após encerrar 2020 como o segundo ano consecutivo de redução nos feminicídios no RS, as forças de segurança do Estado mantêm as ações de combate à violência contra a mulher entre as prioridades para enfrentar o desafio de mudança de cultura e construção de um ambiente de valorização e respeito a todas as gaúchas.
Os dados de janeiro mostram que ainda há obstáculos a superar para ampliar o engajamento e a conscientização da sociedade. Não houve variação no número de mulheres assassinadas por motivo de gênero – foram 10 vítimas, mesmo total de igual mês do ano anterior. E o número de tentativas de feminicídios subiu de 23 para 31. Nos outros indicadores monitorados pela SSP, o Estado teve reduções.
Roubos de veículos têm queda de 39,7% em janeiro
A redução nos roubos de veículos no Estado segue alcançando marcas inéditas. O primeiro mês de 2021 teve 358 menos ocorrências do tipo na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O número de casos baixou de 902 em janeiro de 2020 para 544 neste ano – uma retração de 39,7% e o menor total para o mês em toda a série de contabilização, iniciada em 2002.
O histórico de janeiro nos últimos anos evidencia a importância do resultado obtido neste início de 2021. No pico de casos, em 2017, foram 1.756 motoristas que tiveram seus automóveis levados por assaltantes, três vezes mais do que o total verificado no mês passado.
Ataques a banco
Entre os ataques a banco, o primeiro mês de 2021 representou cenário semelhante ao do mesmo período no ano anterior. Na soma de furtos e roubos a estabelecimentos financeiros no Estado, houve três ocorrências no mês em 2020 e quatro neste ano. O dado ainda é o segundo menor da série histórica para janeiro e representa queda de 60% em relação ao total de oito ocorrências nos 31 dias iniciais de 2018, último ano antes da gestão anterior.
Além do trabalho permanente das forças de segurança em ações de inteligência e policiamento orientadas pelo foco territorial do RS Seguro, a Operação Angico da Brigada Militar é umas das estratégias que têm permitido antecipar o movimento de quadrilhas especializadas em ataques a banco, frustrando planos dos criminosos com táticas de pronta-resposta e cerco policial.