O número de animais registrados pela Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC) cresceu 39% em 2020. Apesar da pandemia de Covid-19 e da recessão econômica, os registros genealógicos que estão sob responsabilidade da ANC passaram de 46.147 animais em 2019 para 64.271 em 2020. Este número, segundo a superintendente de Registro da ANC, Silvia Freitas, mostra a expansão dos rebanhos registrados no Brasil. “É um movimento que temos acompanhado ao longo dos anos, mas, em 2020, tivemos plena certeza de sua aderência entre os criadores de todo o Brasil”, afirma Silvia.
Para ela, os indicadores expõem a importância da atividade no campo, que se manteve forte mesmo no período tão difícil para a economia nacional. “Nossa pecuária segue em expansão porque enfrentamos a pandemia com muito trabalho. É para isso que a ANC existe, para fortalecer essa atividade essencial para o país”, declara. Os resultados positivos não param no número de registros. O Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo) também conquistou marcas positivas durante o período da pandemia. Nas avaliações por ultrassonografia de carcaças, 4.597 animais passaram pelo crivo do Promebo, representando aumento de 28% em relação ao número de 2019 (3.583). Já os animais avaliados ao sobreano cresceram 9%, chegando à marca de 12.434 em 2020, contra 11.340 em 2019. Silvia explica que os números de animais avaliados na desmama no ano passado continuam sendo cadastrados em 2021. “Mas, acompanhando a tendência das demais estatísticas, já podemos afirmar que este índice também superará o de 2019”, confirma Silvia.
O balanço promissor é acompanhado pela expansão da própria Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares, entidade cartorial de registro de animais mais antiga do Brasil. Nos últimos meses, as raças Texas Longhorn, Bravon, Gelbvieh, Black Hereford, Speckle Park e Pitangueiras iniciaram seus registros genealógicos junto à ANC. No período, a associação contabilizou aumento de 6% no número de associados que, agora, somam 790 em todo o Brasil. Para o pecuarista e presidente da ANC, Ignacio Tellechea, a chegada das novas raças sinaliza a confiança dos pecuaristas na entidade centenária. “É a prova que nosso trabalho, tanto com os registros quanto com o Promebo, é de excelência e os criadores reconhecem isso”, pontua.