O Japão decidirá este mês se permitirá público local na Olimpíada de Tóquio, afirmou o principal porta-voz do governo nesta quarta-feira (16), após especialistas aprovarem um plano para liberar público de até 10 mil pessoas nos eventos.
A decisão final sobre o público nos Jogos será tomada levando em conta as condições de infecção do novo coronavírus (covid-19) e a prevalência de variantes, afirmou o ministro-chefe do Gabinete, Katsunobu Kato, a repórteres.
O ministro da Economia, Yasutoshi Nishimura, disse que especialistas sanitários concordaram com o plano do governo que permitiria até 10 mil espectadores ou 50% da capacidade da arena, o que for menor, durante os eventos.
Torcedores estrangeiros já foram proibidos na Olimpíada que começa em 23 de julho, parte de medidas planejadas para realizar o que o governo japonês as autoridades olímpicas prometeram ser Jogos “seguros”.
Organizadores em Tóquio podem ter inveja da Eurocopa, com dezenas de milhares de torcedores se reunindo em estádios ao redor do continente europeu ao longo do espetáculo que dura um mês.
Nesta terça-feira (15), a capacidade máxima de 67 mil pessoas viu a Hungria estrear na Euro 2020 contra Portugal. Outros países estão permitindo públicos variados, com até 45 mil pessoas esperadas nas duas semifinais e na decisão de 11 de julho no estádio Wembley de Londres.
A Olimpíada já foi adiada em um ano, entre preocupações sobre como os organizadores conseguiriam manter voluntários, atletas, autoridades e o público japonês em segurança quando os Jogos começarem, após uma quarta onda de infecções.
Tóquio, Osaka e outras oito prefeituras permanecem sob estado de emergência que deve acabar em 20 de junho.