RS lança protocolo para tratamento da toxoplasmose congênita

A Secretaria da Saúde (SES/RS) lançou o Protocolo Estadual para o tratamento da toxoplasmose congênita, produzido por um grupo de trabalho instituído de técnicos da SES/RS e convidados externos com atuação relevante, tanto na assistência quanto na pesquisa da doença. O protocolo tem por finalidade a padronização das condutas médicas e pode ser acessado nesse link.

A toxoplasmose congênita é uma doença infecciosa que ocorre quando há transmissão do Toxoplasma gondii para o bebê através da placenta durante a gestação. O risco de transmissão é em torno de 40%, aumentando com o avançar da gestação. Entretanto, a doença é mais grave quando o feto é infectado no primeiro trimestre de gestação e geralmente leve ou assintomática, quando o bebê é infectado durante o terceiro trimestre. As sequelas da toxoplasmose congênita são, principalmente, lesões oculares, surdez ou, em casos mais graves, microcefalia.

Cerca de 85% dos recém-nascidos com toxoplasmose congênita não apresentam sinais clínicos evidentes ao nascimento. Porém, uma avaliação detalhada pode mostrar alterações neurológicas ou oculares.

A criança pode ser tratada por pediatra da rede pública que tenha experiência em toxoplasmose congênita ou encaminhada para os serviços de referência da Atenção Especializada. Embora a maioria das crianças infectadas seja assintomática ao nascer, se não tratadas adequadamente, podem desenvolver sequelas na infância ou na vida adulta.

Andrea Leusin de Carvalho, Médica Pediatra da Política de Saúde da Criança da SES/RS, destaca a importância de realizar o exame pré-natal e iniciá-lo antes das 12 semanas de gestação pois, quando a mãe é tratada adequadamente, diminui muito a chance de transmissão para o bebê.

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