A comissão organizadora do Pavilhão da Agricultura Familiar, na Expointer, analisou e aprovou a documentação de 216 agroindústrias e empreendimentos de artesanato rural, plantas e flores inscritos para a feira deste ano, de 4 a 12 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.
“A procura para participação é uma grande sinalização, por parte dos produtores, do quanto podemos com esta Expointer que será marcada pela retomada da economia e pelo forte apelo para educação sanitária”, afirma a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti.
Esta prevista que a feira tenha quatro vezes o tamanho da realizada em 2020, quando 52 estandes foram montados para o formato drive-thru, durante a Expointer Digital.
Para o diretor do Departamento da Agricultura Familiar e Agroindústria (Dafa) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Flávio Smaniotto, o número de inscrições surpreendeu. “Apesar da crise e do impacto nas vendas durante a pandemia, os empreendimentos demonstram estar organizados e preparados para um recomeço”, avalia Smaniotto.
Como o número de inscritos supera a quantidade de 180 estandes inicialmente sugerida pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), a comissão organizadora, formada pela Seapdr, Fetag-RS, Fetraf-RS, Emater, Via Campesina e Ministério da Agricultura, encaminhou ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) a proposta de novo desenho da distribuição das bancas dentro do pavilhão.
Ainda conforme Smaniotto, o novo croqui permitiu encaixar mais estandes no espaço de 7 mil metros quadrados, oportunizando a participação de todos os empreendimentos aprovados, sem desrespeitar os protocolos de saúde. “As normas sanitárias serão cumpridas integralmente”, garante o diretor. Smaniotto explica que, mesmo com o remanejamento do desenho, se conseguiu preservar o distanciamento entre as bancas, o que traz tranquilidade para os expositores e visitantes.
Não haverá o formato drive-thru
O formato drive-thru da agricultura familiar não irá se repetir nesta feira. Na semana passada, líderes da Fetag apresentaram à secretária Silvana argumentos para não levar adiante a ideia de uma segunda edição deste serviço de vendas. Conforme a federação, uma consulta com as agroindústrias que participaram das vendas por este sistema na Expointer do ano passado demonstrou que preferem concentrar sua atenção no pavilhão, para otimizar os recursos e mão de obra que cada família tem que mobilizar para estar presente no evento durante os nove dias.
O assessor de Política Agrícola e Agroindústrias da Fetag, Jocimar Rabaioli, explica que os empreendimentos da agricultura familiar consultados entendem que uma feira paralela também poderia desfavorecer expositores que não conseguiriam estar nos dois ambientes. “Todos acharam melhor concentrar os esforços no pavilhão, já que esta será uma feira atípica, com menos público”, explica Rabaioli. “Estamos dizendo aos expositores que vejam esta Expointer como uma oportunidade de recomeço”, acrescenta.