Peste suína africana é confirmada nas Américas

Doença foi detectada em suínos na República Dominicana, na América Central

A peste suína africana (FSA-African Swine Fever) foi confirmada em amostras coletadas de porcos na República Dominicana, segundo relatórios do Laboratório de Diagnóstico de Doenças de Animais Estrangeiros do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

As amostras foram coletadas por meio de um programa de vigilância cooperativa existente.

Qual é a preocupação para os Estados Unidos?

O Serviço de Inspeção de Saúde Vegetal e Animal (APHIS) do USDA tem várias salvaguardas interligadas em vigor para evitar que a ASF entre nos Estados Unidos.

A entrada de suínos e derivados da República Dominicana está atualmente proibida em decorrência das restrições existentes contra a peste suína clássica.

Além disso, o Departamento de Segurança Interna de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) está aumentando as inspeções de voos da República Dominicana para garantir que os viajantes não tragam produtos proibidos para os Estados Unidos. A CBP também garantirá que o lixo desses aviões seja descartado de maneira adequada para evitar a transmissão de ASF.

O USDA afirma que está empenhado em ajudar a República Dominicana a lidar com a ASF, oferecendo suporte contínuo para testes, e irá consultá-los sobre etapas ou ações adicionais para apoiar medidas de resposta e mitigação. Eles também oferecerão ajuda semelhante ao Haiti, que faz fronteira com a República Dominicana e está sob alto risco de detecção de ASF.

Primeira ocorrência de PSA nas Américas acende alerta para a suinocultura do Brasil

ABPA atualizou procedimentos de biosseguridade e reforçou campanhas de prevenção.

A informação divulgada ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), e confirmada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), sobre a ocorrência de foco de Peste Suína Africana na República Dominicana disparou o alerta no setor produtivo de suínos do Brasil para a intensificação dos cuidados preventivos contra a enfermidade, afirma a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Conforme a entidade, os rígidos procedimentos de biosseguridade adotados pelo setor produtivo foram atualizados e divulgados aos associados pela diretoria técnica, com foco especial na movimentação intrassetorial de pessoas. A preocupação, agora, é com o reforço da exigência do cumprimento de quarentena para brasileiros e estrangeiros que atuam direta ou indiretamente no setor produtivo, e que estejam retornando ao Brasil.

Ao mesmo tempo, foi reforçada a campanha “Brasil Livre de PSA” — www.brasillivredepsa.com.br —, iniciativa da associação focada especificamente nos suinocultores brasileiros. A campanha traz alertas contra a visitação nas granjas, e indica cuidados para minimizar as chances da circulação da enfermidade no País.

Em caráter emergencial, a entidade também convocou o Grupo Especial de Prevenção à Peste Suína Africana (GEPESA) — formado por técnicos e especialistas das organizações associadas — para a discussão de novas ações no âmbito privado, em suporte ao trabalho de defesa agropecuária desempenhado pelo Ministério da Agricultura.

“Imediatamente após a divulgação da notícia, estabelecemos contato com o MAPA e iniciamos tratativas para a composição de medidas preventivas em portos e aeroportos, além das granjas, que são os principais pontos de atenção. O trabalho segue evoluindo em linha com o que o ministério já tem executado com sucesso”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin, lembrando que o Brasil não registra focos de PSA desde 1984.

SOBRE A ABPA – A ABPA é a representação político-institucional da avicultura e da suinocultura do Brasil. Congrega mais de 140 empresas e entidades dos vários elos de ambos os setores, responsáveis por uma pauta exportadora superior a US$ 8 bilhões. Sob a tutela da ABPA, está a gestão, em parceria com a Apex-Brasil, das quatro marcas setoriais das exportações brasileiras de aves, ovos e suínos: Brazilian Chicken, Brazilian Egg, Brazilian Breeders e Brazilian Pork. Por meio de suas marcas setoriais, a ABPA promove ações especiais em mercados-alvo e divulga os diferenciais dos produtos avícolas e suinícolas do Brasil – como a qualidade, o status sanitário e a sustentabilidade da produção – e fomenta novos negócios para a cadeia exportadora de ovos, de material genético, de carne de frangos e de suínos.

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