Caxias do Sul tem aumento de 560% no registro de focos da dengue

Vigilância Ambiental define como alarmante incidência da dengue no município. Agentes intensificarão o controle vetorial em pontos estratégicos considerados de grande risco

O número de focos de Aedes aegypti segue preocupante em Caxias do Sul. A Vigilância Ambiental em Saúde, ligada à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), encontrou um novo foco durante ação realizada no sábado (21/08). Ao todo, são 179 focos localizados no município em 2021.

A situação é alarmante: crescimento de cerca de 560% em comparação ao ano anterior. Em 2020, foram registrados 27 focos do mosquito em Caxias. Sandra Tonet, diretora técnica da Vigilância Ambiental em Saúde, explica que o período de maior reprodução do mosquito é durante os meses quentes, mas que os cuidados devem permanecer o ano todo, como prevenção. “Cabe ressaltar que, mesmo diante das baixas temperaturas, a população precisa ficar em alerta e se comprometer a realizar os cuidados de prevenção ao mosquito. É simples, basta não deixar objetos acumularem água”, salienta.

Devido à situação de infestação pelo mosquito, em setembro, a Vigilância Ambiental intensificará o controle vetorial em pontos estratégicos considerados de grande risco. Na segunda quinzena do mês, as equipes realizarão o tratamento perifocal, a partir da aplicação de inseticidas químicos, conforme indicação do Programa da Dengue do Ministério da Saúde. Os locais foram escolhidos a partir do número de criadouros encontrados nas regiões e também pela dificuldade de acesso aos focos durante as visitas. Essa ação será realizada a cada dois meses.

Foto: Vigilância Ambiental em Saúde /PMCS

Sandra destaca que o inseticida atuará no controle do mosquito adulto, não das larvas. É necessário o trabalho conjunto da população para impedir a reprodução e proliferação do inseto. Para isso, as equipes também elaboram estratégias de conscientização. Uma delas, iniciada em agosto, é uma parceria com o Bota Fora da Codeca. Dias antes da operação, as equipes da Vigilância visitam moradores, informam a data da coleta e passam instruções sobre os itens a serem descartados. Além disso, a Vigilância Ambiental mantém visitas quinzenais nos demais 205 pontos estratégicos cadastrados.

Distribuição dos casos

• Um foco – Centro, Charqueadas, Cristo Redentor, Jardim do Shopping, Jardim Eldorado, Marechal Floriano, Mariani, Santa Fé, Santa Lúcia, Universitário, Vila Seca, Vinhedos

• Dois focos – Centenário, Desvio Rizzo/Jardim da Lagoa, Jardim América, Mariland, Pio X

• Três focos – Sagrada Família

• Quatro focos – Santa Lúcia Cohab

• Cinco focos – De Lazzer e Tijuca

• Seis focos – Charqueadas I e Petrópolis

• Sete focos – Charqueadas II e Nossa Senhora de Lourdes

• Oito focos – Bela vista

• Nove focos – São Cristóvão

• 10 focos – Reolon

• 11 focos – São Luiz da 6 ª Légua

• 13 focos – Colina Sorriso

• 20 focos – São José

• 43 focos – Cruzeiro

Orientações para evitar a proliferação

• Limpar com escovação semanal o recipiente de água dos animais domésticos

• Recolher o lixo do pátio

• Colocar o lixo ensacado para ser recolhido pela Codeca

• Recolher pneus inservíveis e armazená-los em locais secos e protegidos da chuva, ou encaminhá-los ao Ecoponto da Codeca

• Tampar caixas d’água

• Colocar telas milimétricas em caixas d’água descobertas, reservatórios de captação de água da chuva e nos ralos

• Limpar as calhas

• Semanalmente, lavar e escovar piscinas plásticas, trocando a água

• Eliminar os pratinhos das plantas

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