Rio Grande do Sul

Lagoa Mirim terá projeto para gestão binacional de recursos hídricos

Lagoa Mirim é o segundo maior lago da América do Sul

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) vai levantar os dados hidrometeorológicos de 25 estações na bacia hidrográfica da Lagoa Mirim, no Rio Grande do Sul. O levantamento faz parte do projeto Gestão Binacional e Integrada dos Recursos Hídricos na Bacia da Lagoa Mirim e Lagoas Costeiras, conhecido também como Projeto GEF Lagoa Mirim.

O governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), participou nesta sexta-feira (27) da oficina de validação do projeto. O objetivo da iniciativa é buscar a gestão integrada da água da bacia em uma ação coordenada entre Brasil e Uruguai. A pesquisadora em geociências, engenheira hidróloga Andrea Germano representou o SGB-CPRM na reunião de lançamento do projeto.

O Projeto GEF Lagoa Mirim, que terá duração de 5 anos, foi apresentado em junho de 2020, quando o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) aprovou a candidatura do Ministério do Meio Ambiente do Uruguai e do Ministério do Desenvolvimento Regional do Brasil. Foram designados US﹩ 4,8 milhões para a implementação do projeto.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) também apoia o projeto. Entre as ações conjuntas, um dos objetivos é fortalecer as capacidades dos setores público e privado de Brasil e Uruguai, enfatizando o uso sustentável e eficiente da água, a preservação dos ecossistemas e seus serviços e a adaptação às mudanças climáticas. O projeto prevê a realização de uma análise e diagnóstico transfronteiriço, a concepção e implementação de um Programa de Ação Estratégica, bem como a monitorização, comunicação e avaliação cruzada dos resultados alcançados.

A BACIA HIDROGRÁFICA Lagoa Mirim é o segundo maior lago da América do Sul, com 3.750 km². É uma bacia transfronteiriça, compartilhada entre o Brasil e o Uruguai, e a grande quantidade e boa qualidade de suas águas favorecem as atividades agrícolas, florestais, pecuárias, pesqueiras, aquícolas, turísticas e de abastecimento de água, entre outros serviços, em ambos os países. Para a gestão do território dessa bacia, o projeto visa uma articulação profunda entre os governos do Uruguai e do Brasil, considerando a legislação nacional e os compromissos internacionais assumidos pelos dois países.

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