O Rio Grande do Sul iniciou a colheita da safra do melão gaúcho. A fruta tem uma área de 770 hectares plantados no estado e a produção é pulverizada em vários municípios, visando mercados locais com venda direta ao consumidor, explica o extensionista da Emater/RS-Ascar Luís Bohn.
A fruta é diferenciada com relação ao sabor e não compete com o melão que vem do Nordeste, que são os melões espanhóis. E um dos principais municípios produtores de melões no Estado é Nova Santa Rita, onde o cultivo é feito por 35 famílias e a expectativa é que sejam produzidas mais de 1,2 mil toneladas de melões nesta safra.
Segundo levantamento da Emater/RS-Ascar a área plantada em Nova Santa Rita é de 75 hectares e a colheita já começou. A produtividade neste ano fica em torno de 18 toneladas por hectare e o destino principal da produção é a Ceasa e uma grande rede de supermercados.
A proximidade com os grandes centros urbanos (facilidade de transporte e venda), assim como o interesse dos agricultores pelo domínio do processo de produção, associado às características propícias de solo, clima e relevo, favoreceram a implantação e evolução da cultura no município.
O melão gaúcho se desenvolve bem em áreas planas e bem drenadas e o plantio foi realizado nos meses de julho, agosto e setembro. A colheita ocorre em novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, se o clima favorecer.
A extensionista da Emater/RS-Ascar em Nova Santa Rita Caroline Kolinski de Lima explica que a safra tem apresentado boa qualidade neste ano em razão do clima atípico, com temperaturas mais amenas à noite e calor durante o dia. “As plantas acabaram colocando muitos frutos, mas com tamanho menor em função do clima, porém sem problemas sanitários. O frio acabou contribuindo, pois diminui a incidência de insetos e pragas nas lavouras”, ressalta.
Segundo Caroline, as propriedades envolvidas são de pequeno porte e a média é de dois hectares de melão por família. “É interessante ressaltar que todos os produtores também desenvolvem o plantio de outros hortifrutigranjeiros e sua economia não depende somente da safra do melão. Eles têm procurado diversificar a atividade agrícola”, comenta a extensionista.