A safra do pinhão inicia dia 15 de abril no Rio Grande do Sul. Segundo o extensionista da Emater/RS-Ascar, Antonio Borba, a previsão é manter o baixo volume de produção dos anos anteriores, o que deve encarecer o produto no mercado. A data que abre a safra é definida por normativa específica, e a coleta precoce, quando a semente ainda não está madura, configura crime ambiental.
Araucária
A preservação da araucária é fundamental por motivos ambientais, econômicos e culturais. “A conservação da araucária é uma forma de garantir que aquele ecossistema florestal permaneça conservado”, aponta Borba. O pinhão é um alimento muito demandado pela população da região Sul, de modo que sua venda configura uma das fontes de renda das famílias extrativistas.
Preço
A produção de pinhão tem um comportamento oscilante, o que determina a qualidade e volume das safras. “Normalmente, a araucária tem um ciclo de dois a três anos de boas produções e, depois, dois a três anos de produção decrescente”, diz Borba.
A expectativa de diminuição no volume de produção do pinhão tem a ver com diversos fatores, sendo os principais a forte estiagem, a diminuição da área de distribuição da araucária e a possível sobre-exploração do pinhão.
Em 2020, o preço do quilo do pinhão chegou a R$ 18,00 no varejo, porém, dada a melhora na produção, diminuiu para R$ 12,00 em 2021. Para 2022, a expectativa é que os preços se mantenham no mesmo patamar do ano passado, caso se consolide a safra esperada.