Sim, o frio pode ajudar a emagrecer. Mas calma! É que no inverno o nosso metabolismo fica mais acelerado e a queima de calorias se torna naturalmente maior, de acordo com diversos estudos científicos, como o publicado na revista americana Trends in Endocrinology Metabolism.
Para manter esta vantagem do organismo é preciso não superar a queima calórica com a ingestão de comidas altamente calóricas que já são típicas do frio (chocolate, por exemplo), além de manter um ritmo de pratica de atividade física.
O médico endocrinologista Flávio Cadegiani, Membro da ABESO (Associação Brasileira para Estudos da Obesidade), explica como isso acontece “Existe uma gordura que ajuda a acelerar o metabolismo e, consequentemente, ajuda no emagrecimento.
É a chamada gordura marrom ou tecido adiposo marrom”. Essa gordura pode ser encontrada principalmente perto do coração, embaixo das clavículas e também perto do pescoço. “A comunidade médica achava que esta gordura só podia ser encontrada nos recém nascidos e hoje já sabemos que persiste até a fase adulta”, conta Cadegiani.
Essa gordura é responsável por ativar o metabolismo e, segundo o médico, ela responde principalmente ao frio, se tornando uma gordura que quebra gordura. “Quando o corpo se adapta ao clima frio para se aquecer, a quantidade de gordura marrom aumenta, e ela age diretamente sobre a queima de gordura ruim acumulada”, destaca. “A taxa metabólica basal aumenta no frio não somente para manter o corpo aquecido, mas sim porque acontece a hipertrofia desse tecido que acelera o metabolismo. Emagrecer no frio não é mito, é fato”, confirma.
Mas eu engordo no inverno, por que isso acontece?
Vale lembrar que quando chega aquele friozinho, a fome também parece aumentar. O especialista atesta que não só parece como, biologicamente, ela de fato aumenta. “Isso acontece justamente porque o metabolismo está mais rápido que o normal e a fome pode surgir com mais frequência.
Muitas pessoas engordam no inverno por comerem muito e não queimarem calorias proporcionalmente, sem praticar exercício físico, por exemplo”, reforça. Por isso a máxima de praticar atividades físicas permanece assim como em outras estações do ano.
Dr. Flávio A. Cadegiani, M.D., PhD in progress
– Médico Endocrinologista e Metabologista / Endocrinologist (RQE 12.397)
– Título de Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela SBEM / Board Certified in Endocrinology and Metabolism by the Brazilian Society of Endocrinology and Metabolism
– Mestre e Doutorando em Endocrinologia Clínica pela Universidade Federal de São Paulo / Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM) / Master Degree and PhD in progress in Clinical Endocrinology at Federal University of São Paulo
– Residência Médica em Endocrinologia e Metabologia / Fellowship in Endocrinology and Metabolism
– Residência Médica em Medicina Interna / Medical residency in Internal Medicine (RQE 12.397)
– Pós-graduação em nutrologia (ABRAN) / Specialization in Medical Nutrition
– Formado pela Universidade de Brasília (UnB) / Graduated by University of Brasilia (UnB)
– Fellowship em Síndrome da Fadiga Crônica pela University of Miami (UM) / Fellowship in Chronic Fatigue Syndrome – University of Miami (UM)
– Membro especialista da The Endocrine Society (Endocrine Society) / Specialist member of The Endocrine Society
– Membro especialista da AACE (American Association of Clinical Endocrinologists) / Specialist member of the American Association of Clinical Endocrinologists
– Membro especialista da TOS (The Obesity Society) / Specialist member of The Obesity Society (TOS)
– Membro da ABESO (Associação Brasileira para Estudos da Obesidade) / Member of Brazilian Association for Obesity Studies)
– Médico CRM/DF 16.219 / CREMESP 160.400