Acréscimos longos na Copa do Qatar são recomendação da FIFA visando o entretenimento

A Copa do Mundo é o principal torneio de seleções do futebol mundial, com isso, a competição é aguardada e acompanhada por milhões de torcedores em todas as suas edições. Sabendo disso, a Fifa tem recomendado que as partidas do torneio tenham uma quantidade de acréscimo superior ao convencional, visando proporcionar mais tempo de espetáculo para o público.

Caso você esteja acompanhando a competição de perto, já deve ter notado que as partidas com facilidade têm ultrapassado os 100 minutos, em contraste com os 90 usuais. Vide o duelo entre a Argentina e a Arábia Saudita, onde a seleção sul-americana saiu derrotada, mas além do resultado, o que chamou atenção mesmo foi um acréscimo de quase 14 minutos na etapa final do confronto, sendo que no primeiro tempo o tempo adicional foi de 7 minutos.

Enquanto isso, o duelo entre Inglaterra e Irã foi outro que acabou surpreendendo pela quantidade de tempo extra – ao todo, foram 15 minutos adicionais no primeiro tempo e mais 14 no segundo, totalizando 29 minutos de acréscimo ao longo da partida. Já na partida entre Estados Unidos x País de Gales, o segundo tempo teve 11 minutos adicionados no final do segundo tempo.

“O objetivo é dar mais espetáculo a quem assiste à Copa do Mundo”, disse o ex-árbitro italiano e atual presidente do comitê de árbitros da Fifa, Pierluigi Collina. Collina ainda apontou que esta recomendação não é nova.

Em 2017, o ídolo holandês, Marco van Basten, quando ocupava o cargo de diretor da Fifa, sugeriu que se adotasse um temporizador de 60 minutos nas partidas de futebol, da mesma forma que ocorre no basquete. Na ocasião, o diretor ironizou que os árbitros não estavam aplicando os acréscimos de forma correta, já que era muito comum que eles dessem 1 minuto de tempo adicional na primeira etapa e 3 minutos na segunda, o que nem sempre estava de acordo com o que realmente havia acontecido dentro das quatro linhas no período regulamentar.

Sem dúvidas, acréscimos mais longos têm resultado em minutos a mais de emoção no final de cada partida na Copa do Mundo do Qatar, principalmente se o jogo estiver parelho e as seleções buscando garantir uma vitória ou ao menos um empate. Essa dose a mais de emoção, é só um dos ingredientes da competição, que aqui no Brasil tem feito um sucesso tremendo nas plataformas de palpites, as quais junto aos novos cassinos online, se tornaram uma das grandes alternativas de entretenimento do brasileiro. Isso porque, nessas plataformas, o usuário tem acesso a centenas de jogos que anteriormente só poderiam ser vistos em casas de jogatina fora do país, mas que agora estão a poucos cliques de distância e a um baixo custo.

Outros motivos

Durante o Mundial disputado no Brasil, em 2014, em média a bola permanecia em jogo por 60 minutos durante as partidas. Essa média acabou caindo significativamente no torneio disputado na Rússia, em 2018, quando em diversos jogos esse tempo ficava em 52 minutos. Um dos motivos para essa queda, segundo a Fifa, foi a implementação do Árbitro de Vídeo, que causava alguns atrasos ao longo do jogo, já que em média, os lances verificados paravam a partida por aproximadamente dois minutos.

Ademais, as comemorações de gols têm durado mais tempo. “As comemorações podem durar um, um minuto e meio. É fácil perder três, quatro, cinco minutos só para as comemorações de gols. Isso é que tem que ser pensado e compensado no final”, relatou Pierluigi Collina recentemente.

Aos poucos, os torcedores já têm demonstrado certa adequação ao período complementar superior desta Copa do Mundo, enquanto isso, as emissoras já vêm bolando estratégias para ajustar sua programação para se aderir aos jogos mais longos.

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