As discussões sobre o futuro da saúde no Brasil através da interconexão de informações no ambiente virtual e a sua efetiva implementação nas corporações permearam o W[3]Br, principal evento de Blockchain empresarial do mundo.
Temas como saúde digital, segurança, confidencialidade e poder dos dados, além de comunidades colaborativas e interoperabilidade permearam as palestras do primeiro dia do evento, nesta quarta-feira (7), que prossegue até esta quinta-feira (8), no auditório do Hospital Moinhos de Vento, primeira instituição hospitalar a sediar a programação na área da saúde.
Superintendente de Estratégia e Mercado do Moinhos, Melina Schuch destacou o avanço do evento ao gerar as primeiras conversas integrando a tecnologia de blockchain com a saúde. “O Blockchain ficou muito associado à tecnologia de fintech (finanças), mas agora estamos mostrando novos horizontes, que a mesma pode ser aplicada a diversos setores, como a saúde. Assim, com as novas iniciativas de LGPD de liberação de dados, conseguimos evoluir e proporcionar novas soluções para os nossos pacientes”, relatou.
O blockchain na área da saúde permite a concentração e a organização de dados, possibilitando o entendimento da jornada do paciente ao longo de todo o processo: pré-diagnóstico, tratamento, pós-tratamento, seguindo até desfechos desses tratamentos. “Hoje esses dados estão muito fracionados dentro do mercado da saúde. Não existe um fio condutor que una as informações envolvendo paciente, operadoras e hospitais. Com esse fio condutor, será possível diagnosticar precocemente, tratar melhor e remunerar o sistema de forma equilibrada”, esclareceu o coordenador de Inovação do Hospital, Thomas Troian.
A programação é coordenada pelo Instituto de Colaboração em Blockchain (iColab) e acontece simultaneamente em outras capitais (Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo), envolvendo temas como ativos digitais e DAOS, governo e metaverso.
A presidente do instituto, Sandra Heck, destacou que o Hospital Moinhos de Vento foi o escolhido para sediar as discussões por se tratar de uma das instituições de referência do país em saúde. “Queremos promover o diálogo para fomentar e sensibilizar esse conhecimento. Como usuário e paciente, a partir da aplicação da nova tecnologia e convergência de outras tecnologias, o paciente vai ter seu prontuário em um aplicativo, independente de onde ele será atendido”, esclareceu. Para ela, o grande desafio para a implementação do blockchain não é a tecnologia, mas a colaboração dos entes envolvidos para a sua implementação.