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O legado de eventos como o South Summit Brazil para Porto Alegre

Jorge Avancini, presidente do Sindaergs, reflete sobre prós e contras da última edição

Por: Jorge Avancini *

Na última semana, a segunda edição do South Summit, evento global de inovação e tecnologia, movimentou Porto Alegre. A plataforma de inovação é um marco para a capital, devido ao tamanho e relevância, e mostra a evolução da cidade. Ao receber 22 mil participantes, de 86 países, Porto Alegre prova que pode desbancar outras metrópoles brasileiras, como São Paulo, quando o assunto é porte para receber tudo que um evento deste tipo propõe e oferece.

Porto Alegre já sai ganhando pelo investimento financeiro direto, decorrente do uso de hotéis, transportes, alimentação, varejo e atrações turísticas. A cidade também atrai olhares, se tornando foco de visão, por alguns dias, de grandes investidores e empreendedores, tornando-se potencial local para atrair novos investimentos para o Rio Grande do Sul.

O público gaúcho, que tem a facilidade de ter um evento deste tipo bem aqui, em sua capital, ganha com palestras de grandes expoentes de diversas áreas. O South Summit, como principal proposta, traz inspirações de inovação para fazer os empresários pensarem fora da caixa e entenderem o que está acontecendo no resto do mundo, além de conectar pessoas, atualizar os profissionais, fomentar redes de contato e apresentar o que é feito por aqui para quem vem de fora.

Do ponto de vista administrativo, entendemos que Porto Alegre suporta sim megaeventos, e tem tudo o que precisa para sediá-los. Porém, o questionamento que faço é se o Cais Mauá, espaço que recebeu as duas edições, realmente tem infraestrutura para suportar evento de tal magnitude, uma vez que alguns empecilhos e contratempos ficaram bem evidentes para quem participou desta última edição, e não deixou uma boa impressão.

Alguns dos pontos negativos do local escolhido para sediar o South Summit são a falta de estrutura com refrigeração para suportar o verão gaúcho ou possibilidade de ampliação. O público também se lamentou sobre as filas, que atrasaram o ingresso em algumas atrações e painéis, estacionamento com espaço insuficiente para atender à demanda e praça de alimentação que também não deu conta de bem atender a todo o público. Será que o diferencial da bela vista do cais, com direito ao pôr-do-sol do Guaíba, supera três dias no calorão e o temor de que chova?

* Presidente do Sindicato dos Administradores do RS (Sindaergs)

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