A ocorrência de um caso de influenza de alta patogenicidade em aves silvestres (gripe aviária) no Espírito Santo ressalta a necessidade de reforçar as medidas de biossegurança nas regiões produtoras.
O registro ocorreu após o período principal de migração de aves do hemisfério Norte para o Sul, que se encerrou em abril. Isso significa que o maior fluxo possível de aves com influenza aviária (provenientes dos Estados Unidos) já passou.
No entanto, é importante manter a atenção, especialmente para o Rio Grande do Sul, que está próximo da Argentina e do Uruguai. A coordenadora do Programa da Sanidade Avícola na Superintendência Federal da Agricultura no RS, Taís Barnasque, alerta para a migração proveniente do extremo sul, como da Patagônia ou da Antártida.
Portanto, além da detecção da doença no Espírito Santo, é fundamental manter e intensificar as precauções nas áreas de produção comercial de aves e ovos nas regiões produtoras gaúchas.
Rogério Kerber, presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS, destaca que, desde os primeiros casos notificados no continente americano, o Fundesa tem trabalhado em conjunto com o Serviço Veterinário Oficial para divulgar orientações de prevenção e biossegurança ao setor produtivo.
“Além de disseminar informações por meio dos canais do Fundesa, financiamos a impressão de milhares de cartazes e folhetos para distribuição nas principais regiões de risco. Também disponibilizamos recursos por meio do Conselho Técnico Operacional da Avicultura para treinar técnicos e veicular mensagens nos meios de comunicação das regiões produtoras.”
O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor e exportador de carne de frango do país. É importante ressaltar que a influenza aviária não é transmitida por meio do consumo de carne de frango ou ovos.