Hospital Moinhos de Vento implementa nova tecnologia em cirurgias mamárias

Spy-Phi permite maior segurança e precisão nos procedimentos

No Rio Grande do Sul, o Spy-Phi é uma inovação que traz maior segurança para cirurgias ao identificar, em tempo real, zonas de viabilidade vascular. Isso permite aos cirurgiões tomar decisões intraoperatórias mais precisas e evita complicações isquêmicas no pós-operatório.

De acordo com o cirurgião plástico do Hospital Moinhos de Vento, Rafael Netto, essa tecnologia possibilita a visualização externa dos vasos sanguíneos durante o procedimento. Ao injetar um corante e utilizar o Spy-Phi, o especialista consegue avaliar a circulação sanguínea em uma área específica do paciente. Esse avanço é especialmente importante tanto para remoção de parte do corpo quanto para correção de defeitos, tornando o procedimento mais seguro e permitindo a reconstrução dos vasos linfáticos, o que reduz o risco de linfedemas.

O Spy-Phi tem aplicações em diversas especialidades, como cirurgia plástica reconstrutiva, cirurgia oncológica e neurocirurgia, atuando como um mecanismo de proteção aos pacientes e melhorando os resultados das intervenções.

Além disso, o sistema possibilita a identificação de vasos linfáticos, permitindo o diagnóstico anatômico e a realização de anastomoses linfovenosas, uma técnica cirúrgica que visa melhorar a função linfática de membros para tratar pacientes com linfedema (inchaço de uma parte do corpo) após esvaziamento axilar. Esse avanço é especialmente relevante para pacientes jovens com limitações significativas causadas por essa condição crônica.

O superintendente administrativo do Hospital Moinhos de Vento, Evandro Moraes, ressalta que a instituição está constantemente buscando aprimorar e implementar novas tecnologias inovadoras que promovam a excelência dos serviços prestados e o bem-estar dos pacientes. O objetivo é oferecer diagnósticos precoces e tratamentos de ponta, alinhados com a missão de cuidar das pessoas.

Laser

O Spy-Phi é uma fonte de luz com laser de baixa potência, próxima ao infravermelho, que estimula um agente de imagem fluorescente injetado na corrente sanguínea. Esse agente se liga às proteínas do sangue e circula pelo corpo. Quando estimulado pela luz infravermelha próxima, o agente ligado à proteína emite um sinal de fluorescência, possibilitando a visualização do fluxo sanguíneo nos vasos e tecidos. A fluorescência é capturada por uma câmera especial, processada e exibida em um monitor de vídeo para análise do cirurgião. A ausência de fluorescência pode indicar um comprometimento do fluxo sanguíneo.

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