O GramadoZoo registrou em 10 de agosto o nascimento de uma jaguatirica. Após 45 dias, a equipe realizou, na terça-feira (26), a primeira avaliação médica e constatou que o filhote é uma fêmea. Para evitar o estresse da mãe, os técnicos apenas monitoraram os felinos à distância.
“Optamos por não separar a mãe e o filhote nos primeiros dias de vida. Fizemos o monitoramento diário sem interferir. Ela é uma mãe super atenciosa”, destaca o veterinário Jorge Lima, responsável técnico do GramadoZoo. Além do sexo do filhote, o médico veterinário fez vacinação, microchipagem e coletou fezes para exames. “O quadro clínico é excelente”, atesta.
O veterinário explica que a avaliação foi realizada no próprio recinto onde vivem mamãe e filhote para preservar o bem-estar. “Quanto mais tempo a mãe fica longe do filhote, mais estresse pode gerar. É um cuidado, especialmente, com o bem-estar da mãe, que está amamentando e cuidando muito bem da cria”, diz Lima.
Conforme o especialista, o nascimento em cativeiro demonstra adaptação ao manejo do GramadoZoo. “Quando ocorre a reprodução, é sinal de boa alimentação, saúde e bem-estar animal”, diz.
Segundo Lima, a espécie está ameaçada pela caça predatória e pela destruição de seu habitat. O nascimento de jaguatiricas no GramadoZoo não é novidade. Os últimos filhotes nascidos em Gramado foram transferidos para o Zoo da UCS, em Caxias do Sul, e para o Zooparque Itatiba (SP). “É um intercâmbio de zoológicos para conservação de espécies. E, um dos principais fatores para a conservação, é a distribuição genética dos animais”, diz o veterinário.