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CDL POA: compras de Páscoa não estão previstas no orçamento

Pesquisa estima média de gastos para os filhos de até R$ 100,00

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre – CDL POA realizou uma pesquisa sobre a Páscoa 2024 para entender como as famílias vivenciam a celebração e se organizam financeiramente.

A amostragem foi realizada com três famílias da Capital de diferentes realidades para compreender os hábitos de consumo nas datas comemorativas e acompanhar a maneira que se relacionam com suas finanças durante o decorrer do ano.

Ninho cheio

O estudo, realizado com apoio da Vitamina Pesquisas, mostra que a Páscoa inaugura o calendário de aquecimento do varejo e seu lançamento frente aos consumidores é a montagem do teto de ovos de Páscoa nos supermercados. Nas famílias, os adultos não recebem presentes, apenas os filhos. E se, por um lado, a razão mostra que a barra de chocolate vale mais a pena do que o ovo, a emoção prevalece querendo manter a tradição do ninho cheio.

Os entrevistados afirmam que a compra será em torno de R$ 100,00 por filho. Esse não é um gasto previsto no orçamento. Existe um dilema entre a razão e a emoção na hora de decidir o presente de Páscoa: se, em um aspecto, o alto valor dos ovos ativa a racionalização, por outro a simbologia pesa. Muitas vezes, as crianças também recebem brinquedos ou outros presentes, em vez de chocolates, relata uma representante de uma das famílias pesquisadas: “Minha filha disse que prefere ganhar R$200,00. Por mim, eu faria os ovinhos porque têm gosto de infância.”

Em geral, as famílias entendem que a distribuição do orçamento precisa ser racional, contudo, nas datas comemorativas, a emoção predomina. Segundo o presidente da CDL POA, Irio Piva, a dicotomia entre razão e emoção ganhou força entre os entrevistados: “Nesta pesquisa de Páscoa, esteve muito presente a premissa de que consumidores são mais do que clientes comprando produtos, são indivíduos com sonhos e desejos, que também querem estar inseridos em suas comunidades por meio dos bens de consumo e das celebrações coletivas.”

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