Saúde

Sociedade Brasileira de Cardiologia tem novas diretrizes para medir a pressão arterial

Documento será lançado no 1° Encontro de Departamentos da Cardiologia que acontece nos dias 12 e 13 de abril

A Sociedade Brasileira de Cardiologia lançará no 1° Encontro de Departamentos da Cardiologia, que acontece entre os dias 12 e 13 de abril, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, as Diretrizes Brasileiras de Medidas da Pressão Arterial Dentro e Fora do Consultório. O documento foi elaborado por 67 profissionais que estão entre os principais especialistas do país e detalha como medir a pressão arterial corretamente e como obter um diagnóstico preciso.

De acordo com as novas Diretrizes Brasileiras de Medidas da Pressão Arterial Dentro e Fora do Consultório, o diagnóstico definitivo da Hipertensão Arterial não deve considerar apenas os resultados obtidos nas medidas realizadas em consultórios.

“Orientar médicos e pacientes para aumentar a eficácia de métodos para avaliação da pressão arterial também fora dos consultórios é uma agenda fundamental para uma abordagem populacional efetiva sobre este fator importante de risco cardiovascular no Brasil e no mundo”, afirma o coordenador destas Diretrizes, o cardiologista Audes Feitosa.

Em casa

A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e a Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) e Automedida da Pressão Arterial (AMPA) são as principais metodologias para se monitorar a Pressão Arterial fora do consultório médico.

A utilização destas técnicas e equipamentos auxiliam na elaboração de um diagnóstico mais complexo e assertivo, detectando variações comuns como a hipertensão do avental branco (HAB), hipertensão mascarada (HM), alterações da pressão arterial no sono e hipertensão arterial resistente (HAR), condições não detectadas com acompanhamento restrito aos consultórios.

“O acesso a estes equipamentos e profissionais capacitados nos serviços de saúde se faz necessário e merece um olhar atento na formulação de políticas de saúde. Estas Novas Diretrizes oferecem um embasamento técnico e científico altamente qualificado para orientar gestores, médicos e demais profissionais da saúde”, avalia Feitosa.

Valores de pressão arterial considerados anormais nas medidas Casuais (consultório), pela MAPA (nas 24 horas, vigília e Durante o sono) e na MRPA para definição de diagnósticos

PAS (mmHg) PAD (mmHg)
Consultório ≥ 140 e/ou ≥ 90
MAPA 24 horas ≥ 130 e/ou ≥ 80
MAPA Vigília ≥ 135 e/ou ≥ 85
MAPA Sono ≥ 120 e/ou ≥ 70
MRPA – MAPA 5d* ≥ 130 e/ou ≥ 80

PAS: pressão Arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica;

No Consultório

A medida da pressão arterial é um procedimento obrigatório em qualquer atendimento médico ou realizado por diferentes profissionais de saúde.

As Novas Diretrizes demonstram que o emprego de técnicas e/ou equipamentos inadequados podem levar a diagnósticos incorretos, tanto subestimando quanto superestimando valores e levando a condutas inadequadas e grandes prejuízos à saúde e à economia das pessoas e dos sistemas de saúde.

Considera-se hipertensão se PAS ≥ 140 mmHg ou PAD 90 mmHg, e deve ser classificada em estágios 1, 2 e 3.

Classificação da pressão arterial de acordo com a medida no consultório a partir de 18 anos de idade

 

Classificação PA sistólica (mmHg) PA diastólica (mmHg)
Ótima 120 e 80
Normal 120-129 e/ou 80-84
Pré-hipertensão 130-139 e/ou 85-89
Hipertensão estágio 1 140-159 e/ou 85-89
Hipertensão estágio 2 160-179 e/ou 100-109
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 e/ou ≥ 110

 

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