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América Latina é mercado potencial no segmento de lácteos

Segundo o estudo ‘Dairy in Latin America’, da consultoria Euromonitor International, o consumo de lácteos na América Latina está significantemente atrás de outras regiões do globo. Com um consumo per capita de USD99, a população da América Latina gasta menos que a metade que a Europa Ocidental e América do Norte.

Segundo a gerente de pesquisa de alimentos embalados da Euromonitor International, Pinar Hosafçi, embora os leites e queijos façam parte da alimentação dos latino-americanos, a maioria dos países, particularmente nas áreas rurais, consomem os lácteos no formato artesanal ou não industrializado. “Isto apresenta tanto desafios quanto oportunidades para a indústria de alimentos embalados. A conveniência e a uma vida útil mais prolongada nas prateleiras são incentivos para os consumidores fazerem a troca pelos produtos industrializados. Contudo, as condições macroeconômicas difíceis colocam pressão nos custos e aumentam os desafios para as versões embaladas dos produtos”, comenta Hosafçi.

Movimentando USD25 bilhões no varejo, o Brasil é o país líder na América Latina em relação ao consumo de lácteos, segundo dados da Euromonitor International. O mercado de lácteos brasileiro é ditado pelo consumo de leite, que representou 40% das vendas no varejo em 2017. Diferentemente do Brasil, o queijo é o produto lácteo mais consumido no México, Argentina, Chile e Colômbia. No México, as vendas de queijos ultrapassaram às de leite em 2013.

“Ao contrário dos mercados da Europa Ocidental e do Norte da África, onde as marcas próprias representam grande parte das vendas, o segmento lácteo na América Latina continua bastante fragmentado, sendo que as marcas próprias quase não possuem presença na região. No Brasil, um terço do mercado é dominado por pequenas empresas. Isso é quase o mesmo que as cinco maiores marcas representam. Contudo, consolidação está se tornando algo mais pronunciado, particularmente no Chile e Colômbia”, comenta Hosafçi.

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