A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima aumento de 5,0% no faturamento do comércio varejista ampliado em 2018. A previsão foi realizada após o crescimento de 4,0%, registrado em 2017, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgados em 9 de fevereiro pelo IBGE.
Segundo a análise da Divisão Econômica da Confederação, o resultado em 2017 foi o primeiro positivo do setor desde 2013 (quando houve alta de 4,3%), recuperando praticamente 1/5 das perdas provocadas pela crise econômica. “Por trás dos resultados positivos de 2017, há, claramente, a contribuição positiva da menor taxa de inflação (+2,95%) desde a implantação do regime de metas em 1999. No comércio varejista, os preços dos bens de consumo duráveis e não duráveis registraram deflação em 2017 de -1,17% e -2,69%, respectivamente, de acordo com o IPCA”, afirmou Fabio Bentes, economista da CNC.
A evolução no faturamento também comprova, segundo a análise, o início do processo de recuperação do varejo no ano passado, tendência já confirmada pela recuperação parcial do emprego formal no setor (+26 mil vagas em 2017) e pela retomada da abertura líquida de lojas a partir de outubro do ano passado.
Para 2018, o maior ritmo de atividade econômica, puxado pelo consumo das famílias em um ambiente de inflação ainda baixa, e os juros menores deverão permitir que as vendas no varejo mantenham a tendência de alta. No varejo restrito, que exclui os segmentos de materiais de construção e automóveis, a previsão é de crescimento de 3,2% neste ano.