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Retomada do crescimento e indústria de transformação do RS

A Fundação de Economia e Estatística (FEE) divulgou, nesta terça-feira (13), a Carta de Conjuntura do mês de março. Composta por oito diferentes abordagens, a Carta traz como destaque Significado da retomada do crescimento em 2017, uma análise do economista André Luis Contri, do Centro de Estudos Econômicos e Sociais da FEE.

Contri destaca que, em 2017, a economia brasileira voltou a apresentar sinais positivos nas suas principais variáveis macroeconômicas, após dois anos nos quais o Brasil atravessou a maior recessão de sua história.  A partir de dados do Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), Contri pondera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,0% em relação a 2016, sendo este crescimento resultado tanto da produção agropecuária quanto das indústrias Extrativas e de Transformação. Destaca o pesquisador que a inflação foi significativamente reduzida, ficando ligeiramente abaixo da banda mínima estabelecida pelo regime de metas de inflação, o que permitiu ao Banco Central reduzir substancialmente a taxa nominal de juros. Quanto ao mercado de trabalho, André Luis Contri menciona a redução na taxa de desemprego em 2017 e um incremento no número de ocupados. No setor externo, o Brasil apresentou o seu maior superávit em dólares na balança comercial, enquanto que a taxa de câmbio apresentou pequenas oscilações em torno de R$ 3,2.

Contudo, “esta incipiente recuperação, no entanto precisa ser entendida dentro de um horizonte temporal maior”, pondera o pesquisador, que, ao longo da análise, mobiliza, entre outras, variáveis como PIB, série da produção industrial, nível dos investimentos, taxa de juros real, crescimento da economia mundial e inflação. “Embora conceitualmente a economia brasileira tenha saído da recessão, a situação atual irá requerer, para os próximos anos, uma conjuntura favorável, tanto no cenário nacional como no internacional, para que a ocorra uma recuperação plena da atividade econômica e para que seja possível algum resgate da enorme dívida social que se acumulou com a crise”, sintetiza o Contri.

 Íntegra do  Significado da retomada do crescimento em 2017.

 No segundo destaque desta edição da Carta de Conjuntura FEE, César Stallbaum Conceição, do Centro de Indicadores Econômicos e Sociais da FEE, discute a Evolução estrutural da indústria de transformação do RS (2007-2015)). “Parte das transformações da estrutura industrial do Rio Grande do Sul (e do Brasil) ao longo das últimas décadas é vista como pertencente a um processo de desindustrialização. Tal processo se caracteriza pela perda de participação da indústria de transformação na economia, pela diminuição do adensamento e perda de cadeias produtivas e pela ampliação de setores menos intensivos em tecnologia na estrutura industrial. Esse resultado reflete negativamente na capacidade da indústria em liderar e dinamizar o crescimento econômico”, diz o economista.

Para analisar como essas mudanças se processaram no interior da indústria gaúcha, César Conceição analisa a evolução da estrutura do valor da transformação industrial (VTI), como proxy do valor adicionado, entre 2007 e 2015, classificando as industrias em baixa, média-baixa, média-alta e alta tecnologia, conforme classificação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Saiba mais sobre o tema e entenda porque “torna-se cada vez mais importante a formulação e articulação da política pública (industrial, científica e tecnológica) como forma de direcionar a estrutura da indústria em direção a atividades mais dinâmicas, caracterizadas pelo acelerado progresso tecnológico e por ganhos de produtividade capazes de impulsionar o crescimento sustentado da economia” acessando a íntegra do texto Evolução estrutural da indústria de transformação do RS (2007-2015)de César Stallbaum Conceição.

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