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Mulheres expostas ao racismo têm mais chance de desenvolverem transtornos mentais

A pesquisa foi descrita no artigo Personal-Level and Group-Level Discrimination and Mental Health: the Role of Skin Color, Journal of Racial and Ethnic Health Disparities, publicado no Journal of Racial And Ethnic Health Disparities. O estudo contou com a participação de 1130 mulheres inscritas originalmente em um programa de pesquisa denominado Mudanças Sociais, Asma e Alergia na América Latina (SCAALA), criado em 2004, que tem como objetivo estudar os fatores associados ao surgimento e persistência dos sintomas de asma e marcadores de alergia na população latino-americana.

No trabalho de campo, foram utilizados os instrumentos Experiences of Discrimination (EOD) e SRQ-20 para identificar os denominados transtornos mentais comuns. Ambos os instrumentos têm sido validados para a língua portuguesa, no Brasil. Os resultados do questionário mostram que, de 38,3% das mulheres que afirmaram ter sintomas de (TMC), 8,5% disseram sofrer alto nível de preconceito e 41,6% demonstraram ter preocupações sobre discriminação. As mulheres que tiveram maior nível de TMCs, tiveram maior exposição a experiências de racismo. Também evidenciou se que a relação entre TMCs e exposição ao racismo é mais concentrada em mulheres que se declararam de cor parda, seguidas pelas de cor negra e, por fim, do tom branco.

Segundo a pesquisa, esses resultados são importantes pelo fato de explicar o porquê que os futuros estudos sobre TMC em saúde pública deverão, também, considerar preconceito em nível de grupo tanto quanto em nível individual, além da cor da pele.

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