Porto AlegreRio Grande do Sul

Acervo e equipamentos do RS integram 11ª Bienal do Mercosul

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer (Sedactel), está presente na 11ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul. Além da exposição de mais de 50 obras do acervo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – Ado Malagoli (Margs) e do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, a Secretaria cedeu espaços no Memorial do Rio Grande do Sul e no próprio Margs para a mostra internacional, somando mais de 2000m² de espaço físico. A Bienal, que reúne cerca de 70 artistas e coletivos, acontece entre os dias 06 de abril e 03 de junho, em Porto Alegre.

Com o mote Triângulo Atlântico, a Bienal pretende lançar um olhar sobre as relações que há mais de 500 anos interligam os destinos da América, da África e da Europa, trazendo uma visão artística sobre as forças existentes entre os continentes. O encontro de culturas para a formação da América fortalece a participação da arte africana na mostra. Com curadoria de Alfons Hug e curadoria adjunta de Paula Borghi, a mostra aposta na arte contemporânea como provocadora de reflexões filosóficas, políticas e antropossociais, tornando-se um instrumento de crítica na formação e dinâmica de um triângulo que está longe de ser concluído.

ACERVOS EXPOSTOS

A seleção feita pelos curadores de obras do Margs e do Museu da Comunicação para a Bienal faz uma relação de Porto Alegre e do Brasil com o chamado Triângulo Atlântico. Obras de Jean-Baptiste Debret (1768-1848), do acervo do Margs, pintadas durante a Missão Artística Francesa a partir de 1816 irão acompanhar o trabalho de Vasco Araujo. Nos quadros selecionados, Debret mostra pontos de contato entre as culturas indígena, africana e europeia, sendo um referencial para a história brasileira ao mostrar cenas cotidianas da época. Com imagens relacionadas ao mar, obras de Libindo Ferrás, Angelo Guido, Francis Pelichek e Hildegard Freidank também foram pontuadas do acervo do Museu de Arte, e serão exibidas junto à instalação do artista André Severo.

O Museu de Comunicação Hipólito José da Costa participa com 20 fotografias do gaúcho Lunara, que compõem o álbum “Vistas de Porto Alegre – Photographias Artísticas”, publicado na década de 1900. As imagens, que misturam a visão documental com um olhar artístico da fotografia pioneiro para a época, mostram a presença da cultura negra no início do século em Porto Alegre, já destacando a mistura étnica na criação da identidade do Rio Grande do Sul.

Instalação e fotografias ocuparão as Salas Negras do Margs

ESPAÇOS ABERTOS

Mantendo uma parceria com a Fundação Bienal do Mercosul, o Estado cedeu dois equipamentos para a mostra: o Margs e o Memorial do RS. Do Memorial serão utilizadas as naves central e laterais do térreo, além de quatro salas de vídeos, somando 900m² de área. Já do Museu de Arte estarão ocupadas a Pinacoteca, galerias  laterais, acessos ao piso, Salas Negras e Sala Aldo Locatelli do térreo, e a Galeria João Fahrion e as Salas Oscar Boeira, Ângelo Guido e Pedro Weingartner do segundo piso, somando 1.208m².

Nesta edição a Bienal se concentra no Centro Histórico de Porto Alegre, ocupando, além dos equipamentos do Estado, o Santander Cultural, a Igreja Nossa Senhora das Dores e a Praça da Alfândega. Também estão previstas  residências em comunidades quilombolas na Capital e no município de Pelotas, na região sul do Estado.

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