Saúde

Pregorexia: transtorno alimentar que surge na gravidez

Nos últimos anos, a preocupação com o corpo e a alimentação saudável se intensificou. Tal obsessão pelo controle do peso pode ter consequências ainda mais graves durante a gestação, cujo transtorno ficou conhecido como pregorexia – junção das palavras pregnancy (gravidez) e anorexia.

De acordo com Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis, em média, uma gestante saudável engorda entre 8 kg e 13 kg. “É importante reconhecer que o aumento de peso é consequência natural desse período, no entanto, muitas mulheres têm medo de engordar durante a gravidez. Nesse cenário, as futuras mamães começam a comer menos, tomar laxantes, induzir vômitos, fazer dietas com restrição de calorias e realizar exercícios em excesso”, explica.

O especialista ainda alerta que mulheres que já tiveram transtornos alimentares ou emocionais anteriormente têm mais chances de desenvolver a pregorexia. “Pacientes com histórico devem ter acompanhamento com psicólogo, obstetra e nutricionista. Para que as gestantes não desenvolvam o transtorno, alguém próximo deve estar atento a alguns sinais, como contagem constante de calorias e/ou exercícios em exagero, pois se a pregorexia não for tratada, as consequências podem ir desde desnutrição para a mãe e o mal desenvolvimento do feto, até um aborto espontâneo”.

Alimentação correta – Durante a gestação, é importante ingerir bastante liquido e evitar frituras, sal e doces em excessos, já que esses alimentos favorecem a retenção de líquidos, além de dificultar o controle de peso e as repercussões do excesso de insulina para o bebê. “É importante seguir uma rotina saudável e alimentar-se, sempre que possível, a cada três a quatro horas alimentos de baixo valor calórico e grande valor nutricional. Procure manter uma dieta balanceada, durante e após a gestação e converse com seu obstetra sobre a necessidade de acompanhamento nutricional”, finaliza Renato.

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