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Tecnologia detecta culturas mais rentáveis em climas quentes

Pesquisadores da Universidade da Califórnia (UC), em Riverside, conseguem projetar culturas que produzem mais rendimento em climas mais quentes, através do uso de um sensor de temperatura. De acordo com Meng Chen, pesquisador da universidade e um dos autores do estudo, embora não imunes às mudanças climáticas, as plantas respondem ao aumento do mercúrio de diferentes maneiras.

Ele explicou que a temperatura afeta a distribuição de plantas ao redor do planeta e também afeta o tempo de floração, o rendimento da cultura e até a resistência a doenças. As plantas crescem seguindo o relógio circadiano, que é controlado pelas estações do ano, sendo que todos os processos fisiológicos de uma planta são divididos para ocorrer em momentos específicos do dia.

Segundo Chen, uma teoria de longa data afirma que a Arabidopsis sente um aumento na temperatura durante a noite. “Isso sempre foi intrigante para nós. Nossa compreensão da via de sinalização do fitocromo é que ela também deve sentir a temperatura durante o dia, quando a planta realmente encontra temperatura mais alta”, comenta.

Na verdade, a Arabidopsis cresce em diferentes momentos do dia conforme as estações mudam. No verão, a planta cresce durante o dia, mas durante o inverno cresce à noite. Experiências anteriores que imitavam as condições do inverno mostraram uma resposta dramática no fitocromo B, mas experimentos que imitaram as condições do verão foram menos robustos.

“Sob essas condições, vemos uma resposta robusta. O trabalho mostra que o fitocromo B é um sensor de temperatura durante o dia no verão. Sem este fotorreceptor, a resposta nas plantas é significativamente reduzida. Encontramos o controle mestre para sensoriamento de temperatura nas plantas”, explica.

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