Negócios

Indústria têxtil e de confecção espera por um 2019 melhor

O emprego na indústria têxtil e de confecção registrou saldo negativo em novembro, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, divulgado nesta quinta-feira (20). Mas, apesar do resultado ruim em 2018, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) acredita que poderá haver crescimento no número dos empregos do setor em 2019.

O saldo negativo em novembro último ficou em 5.036 vagas, resultado de 18.741 contratações e 23.777 demissões. No acumulado em 12 meses, houve o fechamento de 28 mil empregos formais. Para o próximo ano, entretanto, a expectativa, neste momento, é positiva. Com previsão de crescimento de 3% no volume de produção da indústria têxtil e de confecção e de expansão de 3,5% no varejo, a Abit crê que o setor poderá criar até 20 mil postos de trabalho em 2019. “Estamos moderadamente otimistas em relação ao próximo ano”, destaca Fernando Valente Pimentel, presidente da Abit.

Já com relação ao resultado negativo de 2018, Pimentel pondera que fatores como a greve dos caminhoneiros, a Copa do Mundo, forte pressão de custos, inverno que não aconteceu adequadamente, a insegurança eleitoral e uma mudança no comportamento do consumidor que optou pelos bens duráveis e que, consequentemente, demandava mais crédito contribuíram para a frustração das expectativas. “No início do ano, esperávamos gerar um saldo positivo em torno de 20 mil empregos, mas não faltaram motivos para que essa expectativa viesse a ser frustrada”, ressalta.

A previsão mais otimista para 2019 está atrelada à perspectiva do setor de que a economia como um todo crescerá em torno de 2,5% no ano que vem, caso o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro consiga aprovar as reformas estruturantes no Congresso Nacional.

“A aprovação das reformas estruturantes é fundamental para que essas antevisões mais favoráveis se confirmem. Se houver procrastinação com o andamento das reformas, os efeitos serão muito negativos e sentidos por toda a economia, provocando um cenário não positivo para a geração de empregos”, afirma o executivo.

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