Rio Grande do Sul

Noz-pecã na alimentação escolar de Cachoeira do Sul

Cachoeira do Sul, maior produtor de noz pecã do Estado, introduzirá mais essa fruta na alimentação escolar do município. Diante do valor nutritivo da noz pecã, a proposta da gerente regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, Regina Hernanddes, foi acolhida pelo prefeito Sérgio Ghignatti, e anunciada durante a abertura oficial da colheita, realizada na sexta-feira (12/04), na Pecanita Industrial. “Achei ótima e aceitei essa ideia consistente de imediato. Agora queremos disseminá-la para que mais municípios possam fazer o mesmo”, comemora.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, reforçou a necessidade do governo, por meio da secretaria e da Emater, fortalecer cadeias produtivas como alternativa de renda para os pequenos produtores, como é o caso da noz pecã. O diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura, explica que a noz pecã é cultivo que está se instalando cada vez mais forte dentro do Estado em função da possibilidade de rendimento e adaptabilidade que teve no solo gaúcho. “E também porque permite uma consorciação, especialmente com a pecuária, gerando uma rentabilidade por hectare maior que os cultivos tradicionais e com riscos relativamente menores”.

O assistente técnico em produção vegetal do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, Alfredo Schons, afirma que dos 5 mil hectares de noz pecã do Rio Grande do Sul, cerca de 2,5 mil estão na região de Santa Maria, sendo mais de 1,5 mil somente em Cachoeira do Sul. O número de produtores no Estado passa de mil, sendo 250 só na região de Santa Maria. E a produtividade fica entre duas a três toneladas por hectare. “O objetivo é atingirmos uma produtividade de 5 toneladas por hectare”, projetou.

Na véspera da abertura da colheita (11/04), o município sediou ainda o segundo Simpósio Sul-Americano da Noz Pecã, que além de palestras com profissionais renomados e, inclusive, internacionais, contou com um café com doces e salgados feitos à base de nozes.

Para Regina, realizar um evento desse porte, com mais de 500 inscritos, demonstra toda a expansão da atividade na região. “É muito importante porque reúne pesquisadores, produtores, assistência técnica e extensão rural e social. Enfim, todas as classes interessadas no desenvolvimento da atividade”. Ela destacou ainda a importância da cultura como diversificação e alternativa de renda aos pequenos produtores, além da possibilidade de consorciamento com outras culturas e até mesmo pecuária.

O produtor rural e assistido da Emater/RS-Ascar, Lailor Garcia, palestrou no evento contando toda sua história do cultivo de nogueiras, iniciado há 10 anos. Ele conta hoje com sete hectares plantados e uma produção de dois mil quilos no primeiro pomar, plantado primeiro, e 600 quilos no segundo pomar. “Apesar das dificuldades, eu faria tudo de novo. Não existe nada mais prazeroso e gratificante do que produzir um alimento saudável e que seja economicamente viável para o pequeno produtor. É uma satisfação muito grande. E sem a assistência da Emater, nada disso seria possível”.

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