A inovação encontrou no Rio Grande do Sul um ambiente propício ao seu desenvolvimento e, como resultado, o Estado já figura como vice-líder no ranking nacional de startups, ficando atrás apenas de São Paulo. Ao perfil empreendedor dos gaúchos somou-se a veia da inovação em todas as áreas com novos modelos de negócios surgindo e mudando o modus operandi tradicional. Empresas são pautadas por inovações geradas por startups e uma nova economia está emergindo, baseada na adoção de novas tecnologias. Mas tudo isso não seria suficiente sem apoio, incentivo e, principalmente, parceria entre os diferentes agentes do ecossistema de inovação: universidades, governo, organizações como o Sebrae RS e investidores.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Startups (ABStartup), no Estado já existem 964 startups e Porto Alegre aparece como a terceira capital no ranking nacional, com 596 negócios em andamento. O diretor do Tecnopuc, Rafael Prikladnicki, considera a articulação como algo favorável ao Rio Grande do Sul para chegar a essa performance. “Temos muitos ativos de empreendedorismo e inovação no Estado. Eu costumo dizer que temos abundância mas, muitas vezes, atuávamos numa lógica de escassez. Hoje, isto está mudando, com alto grau de articulação, além do surgimento de diversos grupos organizados da sociedade civil, como RGE, POA Inquieta e diversos outros”, destaca. Ele exemplifica que Lajeado tem se articulado com a iniciativa chamada ProMove, Porto Alegre com o Pacto Alegre e a Aliança pela Inovação, e a SICT – Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia tem discutido formas de levar estes exemplos para o Estado inteiro. “Então, para mim, as duas palavras que ilustram o momento são articulação e colaboração”, complementa.
O gestor de projetos para Economia Digital do Sebrae RS, João Antônio Pinheiro Neto, destaca a ação da organização e lembra que, desde 2015, atua no desenvolvimento de startups para o mercado com o StartupRS, que possui programas de acordo com o estágio da empresa ou com a vertical de mercado em que atuam. O Sebrae também promove desafios por diversas regiões do Estado como o Startup Lab, que visa o fomento e a geração de novas startups e, em todo o RS, apoia diversos Startup Weekend. “O StartupRS e todos esses eventos são realizados com o apoio de diversos parceiros como aceleradoras, parques tecnológicos, empresas de educação empreendedora e outras entidades ligadas à inovação, ao empreendedorismo e ao ecossistema digital”, afirma o gestor. “É importante destacar no trabalho realizado a complementariedade de todos os players que atuam no ecossistema digital, realizando atividades em sinergia para gerar maior impacto e contribuição”, acrescenta.
O gestor informa que, de acordo com o Startup Base, relatório da ABStartups, o Rio Grande do Sul possui alguns segmentos com destaque no número de startups como educação, varejo, saúde e bem-estar, agronegócio, gestão e finanças (Fintechs). “Além disso, alguns projetos como o Pacto Alegre e movimentos como o Poa Inquieta são exemplos de ações que visam consolidar o Rio Grande do Sul como uma referência nacional e internacional de tecnologia, economia criativa e inovação, fortalecendo a economia local e preparando o Estado para competir em escala global. Estas ações envolvem diversos players, atuando em parceria.” Pinheiro Neto diz que o Sebrae RS segue atento aos movimentos do mercado buscando aperfeiçoar seus programas, projetos e ações para atender cada vez mais as necessidades dos empreendedores digitais em todos os estágios.