A economia de Caxias do Sul cresceu 2,9% no mês de abril na comparação com março. Com isso, nos primeiros quatros meses do ano, o crescimento é de 5,9%. É o que mostra a pesquisa realizada pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL Caxias) e divulgada nesta terça-feira (4). Números positivos também foram registrados no acumulado dos últimos 12 meses, quando a economia caxiense cresceu 5,7%. “Esperávamos mais, há alguns meses estávamos mais otimistas, mas como não estamos em uma ilha, as dificuldades enfrentadas pela economia nacional estão nos atingindo. Ainda assim, o crescimento da economia de Caxias do Sul é bem superior ao país”, afirmou o diretor de Economia, Finanças e Estatística da CIC Alexander Messias.
Todos os setores registraram números positivos em abril sobre março, com destaque para o comércio, que cresceu 7,7%, e os serviços, que cresceram 4,8%. Dois itens que compõem o Índice de Desempenho Industrial (IDI/Caxias) – horas trabalhadas e massa salarial – foram negativos em abril na comparação com março, o que determinou uma leve alta no índice geral de 0,3%. Nos demais itens, como utilização da capacidade instalada, compras e vendas industriais, houve crescimento em abril sobre março.
Comércio exterior
No comércio exterior, a pesquisa apontou queda de 17,9% no saldo da balança comercial caxiense no acumulado dos últimos 12 meses, situando-se em US$ 423 milhões. O que chamou a atenção foi o aumento das exportações caxienses para o Chile. Em 2014, o mercado chileno representava 14% das exportações de Caxias. No ano passado, essa fatia passou para 19% e em 2019 já está em 28%. Os Estados Unidos são o segundo maior mercado das exportações locais em abril, seguidos do México, Argentina, que vem perdendo espaço na pauta das exportações do município, e China. Já as importações têm como origem China, Estados Unidos, Suécia, Itália, Índia e Alemanha.
Empregos
No mês de abril, houve a criação de 576 postos de trabalho em abril, indicando ligeira alta de 0,3% no total de empregos formais, que hoje é de 166.585. Em 2019 foram gerados 3.506 empregos, uma variação positiva de 2,1%. Nos últimos 12 meses, o saldo é positivo em 4.614 novas vagas, o que corresponde a 2,8% de crescimento. “Se as reformas forem aprovadas, especialmente a da Previdência, as perspectivas serão melhores”, disse Messias em relação ao aumento na criação de novos empregos.
Também participaram da coletiva a vice-presidente de Serviços da CIC, Maristela Tomasi Chiappin, o presidente da CDL, Ivonei Pioner, o assessor de Economia e Estatística da CDL, Mosár Leandro Ness, e a assessora do Departamento de Economia, Finanças e Estatística da CIC, Nara Panazzolo.