Rio Grande do Sul

Agroindústria de Estrela oferece leite tipo A

Para que um leite seja considerado de tipo A, não pode ser transportado cru, devendo ser pasteurizado e embalado na propriedade em que é produzido. Além disso, pode ser consumido de cinco a sete dias após a pasteurização, desde que resfriado e armazenado corretamente. Nesse sentido, as altíssimas exigências sanitárias, como a contagem bacteriana total (CBT) máxima aceita de 10 mil UFC/m, fazem com que o leite tipo A seja um produto raramente encontrado nos mercados. No Vale do Taquari, por exemplo, apenas a Estrelat, de Estrela, oferece o leite, que recebeu a certificação sanitária nesta semana, ainda que a Granja Lenhard, de São Jacó, já produza leite há mais de 40 anos.

Da informalidade à consolidação da agroindústria, em 2007, foram muitos anos de entrega de leite em garrafas pet diretamente ao consumidor, de investimentos na propriedade e de qualificação com vistas a melhorar o produto. Atualmente, dos 2.800 litros de leite retirados diariamente do rebanho de 95 vacas, 1.200 são embalados na propriedade para serem vendidos como A, sendo o restante destinado para a cooperativa Languiru.

Como parte do processo de certificação, que envolve a inclusão da agroindústria no Sistema Unificado de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), foram imprescindíveis a adoção de boas práticas de higiene na hora da ordenha, como pré e pós dipping, retirada dos primeiros três jatos de leite e secagem dos tetos com toalhas de papel individuais.

Para o extensionista da Emater/RS-Ascar, Tiago Conrad, é necessário destacar o esforço da família, que cumpre uma rotina de produção adequada, aliando conhecimento, tecnologia e, consequentemente, qualidade. O próximo passo deverá ser ampliar o mercado para além dos limites de Estrela, alcançando municípios como Lajeado.

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