O Hidromel tem seu consumo aumentando bastante no Brasil. Considerada a bebida mais antiga do mundo, trata-se de um fermentado que tem como principais ingredientes água e mel.
O interesse sobre esse universo também trouxe muitos mitos e dúvidas. A hidromelaria Old Pony, que iniciou sua produção na cidade de Mogi-Guaçu, no interior de São Paulo, e é pioneira e referência absoluta no segmento no Brasil, vem legitimando esse cenário e fortalecendo a produção artesanal nacional desde 2013. A empresa elencou algumas curiosidades sobre a bebida:
2 – É uma bebida ligada a sabedoria. (Verdade) – Nos antigos contos de algumas mitologias é dito que durante a Idade de Ouro da Grécia Antiga e na Escandinávia e demais países nórdicos, o Hidromel era considerado a bebida preferida e capaz de trazer todas as respostas aos questionamentos realizados, ganhando também com isso a alcunha de Néctar dos Deuses.
3 – Todos os hidromeis são iguais. (Mito) – Apesar da tríade básica de mel, água e leveduras apenas esses 3 ingredientes podem gerar infinidade de possibilidades. No caso do mel o tipo de vegetação e da espécie de abelha, muda seu perfil de sabor. Assim, como na cerveja determinada levedura pode adicionar sabores e aromas, o mesmo acontece aqui. E por fim, a qualidade da água também é fator preponderante para a qualidade do produto final.
4 – O hidromel artesanal está em ascensão. (Verdade) – O hidromel é a categoria de bebidas que mais cresce nos Estados Unidos desde 2013, superando inclusive o crescimento das cervejas artesanais. Por lá, já existem mais de 500 hidromelarias legalizadas e outras 200 aguardam sua licença de operação. Aqui no Brasil, o mercado já dá indícios de interesse e de procura pela bebida o que tem movimentado e aumentado a busca pela profissionalização do setor.
5 – Qualquer mel é indicado para a produção da bebida. (Mito) – Qualquer mel se apropriado ao consumo humano. Existem méis alucinógenos e até mesmo venenosos. Sendo assim, é importante estudar um pouco antes de começar a preparar a sua bebida. Obviamente que os méis comuns encontrados no mercado são aptos ao consumo e a produção de bebidas. Mas toda a atenção é bem-vinda nesse ponto. Mel extraído da cana-de-açúcar não é mel, e assim sendo, não poderá ser chamado de hidromel caso utilizado na produção de bebidas.
6 – Hidromel é cachaça com mel. (Mito) – Assim como a cerveja é um fermentado de maltes, a sidra um fermentado de maçãs e o vinho um fermentado de uvas, o hidromel é um fermentado de mel e assim sendo, uma categoria própria de bebidas. Devido a sua versatilidade, o processo de produção pode se basear nas mesmas técnicas de produção do vinho ou da cerveja, resultando num produto final seco, suave, demi-sec, doce, espumante ou tranquilo.
8 – Era uma bebida somente consumida nos países escandinavos. (Mito) – As primeiras evidências arqueológicas para a produção de hidromel datam do século 7 a.C. na China. Mas alguns especialistas acham que a humanidade já se inebria com mel desde muito tempo antes. Existem relatos de uma bebida similar na Mesopotâmia, Babilônia, Gregos, Romanos, Celtas, Hindus e até mesmo entre os Mais.
9 – O hidromel deve ser consumido em baixa temperatura. (Mito) – O hidromel como toda boa bebida deve ser apreciado com uma temperatura de serviço adequada ao seu estilo. Hidromeis tradicionais podem ser servidos a temperatura de 4° C a 14° C. Já em outros estilos que levam frutas, especiarias ou outros ingredientes, a baixa temperatura pode velar seus aromas e sabores, não revelando assim todo o seu potencial se fosse apreciado a uma temperatura mais adequada.
10 – A cultura geek trouxe evidência para a bebida. (Verdade) – Encabeçada principalmente pelos Millenials e por jogos de RPG tais como Dungeons and Dragons, Skyrim e The Witcher, da literatura fantástica e filmes como O Senhor dos Anéis, Beowulf e Harry Potter e de seriados como Vikings e, principalmente, de Game of Thrones, facilitou a divulgação e renovou o interesse pela bebida. Isso possibilitou que a bebida entrasse no dia a dia das pessoas, facilitando o seu acesso e saindo dos limites das feiras renascentistas.