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Dólar subiu 1,05% após Federal Reserve manter taxa de juros

O dólar fechou em alta contra o real nesta quarta-feira (10), descolado das operações nos mercados externos, conforme investidores assumiram posição mais defensiva antes de feriado no Brasil e após o banco central dos Estados Unidos manter sua política monetária.

O dólar à vista encerrou com valorização de 1,05%, a R$ 4,9398 na venda. O dólar futuro negociado na B3 tinha ganho de 1,38%, a R$ 4,9725, às 17h28.

O dólar spot chegou a cair 1,00%, a R$ 4,8395, na mínima do dia, logo após a abertura, mas na sequência passou a ganhar tração até subir.

Após o anúncio da decisão de política monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), a cotação voltou a cair, mas rapidamente recobrou forças até bater a máxima da sessão, de R$ 4,9623 (+1,51%), às 15h55. Houve alguma realização de lucros posteriormente, mas nada que impedisse o fechamento em alta.

Já na terça o dólar havia subido 0,69%, após cair 2,66% na segunda-feira, quando atingiu o menor valor em 12 semanas. A cotação vinha de 11 quedas dentre 14 pregões e até a segunda acumulou baixa de 17,73% desde a máxima recorde de fechamento –de R$ 5,9012, alcançada em 13 de maio.

O feriado nesta quinta-feira (11) também respaldou a posição mais conservadora do mercado. Investidores costumam reduzir exposição antes de dias sem negociação visando minimizar riscos de perdas a depender do noticiário.

Enquanto o dólar subiu 1,05% no Brasil, a moeda norte-americana cedia no fim da tarde 0,9% contra rand sul-africano, 0,2% ante peso mexicano, 0,3% frente à lira turca e 0,6% em relação à moeda da Austrália.

O índice do dólar contra uma cesta de seis rivais de países desenvolvidos perdia 0,4% e renovou mínimas em cerca de três meses.

Analistas avaliam que o câmbio também pode encontrar mais resistência para apreciação adicional diante de renovada expectativa de afrouxamento monetário no Brasil.

Embora tenha vindo acima das previsões, o IPCA de maio, divulgado nesta quarta pelo IBGE, registrou a maior deflação desde agosto de 1998, e o acumulado em 12 meses se distanciou ainda mais do piso da meta perseguida pelo Banco Central.

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