Saúde

Pé diabético e linfedema são condições propícias à erisipela

A erisipela é uma doença inflamatória e infecciosa, que atinge a pele e a camada de gordura embaixo dela. Em geral, se manifesta nos membros inferiores, como pernas e pés. É muito comum que seja contraída por bactérias – a principal delas é a Estreptococo beta-hemolítico do grupo A – que penetra a pele por meio de ferimentos, como picadas de inseto, micoses, ou até mesmo em um pequeno corte ou ferida. Esses locais de início de infecção são chamados de ‘portas de entrada’.

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O linfedema, que é o inchaço causado por obstrução do sistema linfático, pode ser um fator que predispõe a doença. De acordo com o levantamento da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), esse mal acomete aproximadamente 15% da população mundial. Além disso, úlceras, muito comuns em quadros de pés diabéticos com ferimentos, também são fatores influentes para o surgimento de erisipela.

A angiologista e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dra. Melissa Andreia de Moraes Silva, diz que “a pessoa com diabetes tem mais chances de desenvolver a erisipela, principalmente por possuir uma imunidade alterada. O tratamento também se torna um desafio maior, pois alguns pacientes com pé diabético apresentam problemas de circulação arterial associados, que dificultarão a cicatrização das lesões”.

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Os sintomas iniciais são parecidos com uma gripe: mal-estar, fadiga, calafrios e febre. Com o avanço do quadro, manchas vermelhas com bordas delimitadas surgem no membro afetado. Essa reação pode causar dor, coceira e inchaço no local acometido.

A erisipela possui estágios e progride com o passar do tempo. Podem ser do tipo bolhosa ou necrotizante. No primeiro caso, apresenta bolhas na superfície da pele e, no segundo, há morte das células do tecido, causando feridas conhecidas como necrose.

A médica ainda afirma que o tratamento é feito com antibióticos. “Nas fases iniciais da doença é utilizado na forma de comprimidos, por via oral. Porém, em fases mais avançadas e graves pode ser necessário o uso de antibióticos com administração endovenosa, associados às medidas de suporte hospitalar, como internação em UTI, em alguns casos”, finaliza.

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