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Atividades remotas estimulam professores e estudantes em Garibaldi

Mudanças no formato das aulas têm desafiado os professores da rede municipal, que surpreendem na criatividade de seus métodos de ensino

A secretária municipal de Educação, Simone Rosanelli Chies, resume em uma metáfora as mudanças provocadas pela pandemia do coronavírus aos educadores: “o professor foi dormir presencial e se acordou, no susto, on-line”.

Este panorama trouxe outra realidade para a educação, demandando a adaptação nos métodos e instrumentos de ensino aos profissionais. Desde o mês de maio, as escolas municipais de Garibaldi estão com atividades remotas e os professores, prontamente, se adaptaram a novas e diversificadas ferramentas tecnológicas.

“Eles preparam as aulas, gravam em vídeo através dos softwares OBS Studio e Loom, e postam no Youtube, utilizam o Google Classroom, principalmente para os anos finais do Ensino Fundamental”, conta Simone. Os professores da pré-escola ao 5º ano também utilizam videoaulas, além de atividades manuais e de movimento corporal. As escolas de Educação Infantil (creches) também enviam atividades para manter o vínculo escolar, de acordo com a secretária.

Professora da EMEF Pedro Cattani, Joseane Razzera afirma que está sendo necessário se reinventar como docente. “Jamais pensei em ter um canal no YouTube ou gravar videoaulas, mas essa foi a forma que encontrei para me aproximar dos alunos e auxiliá-los na compreensão dos conteúdos”, relata a professora de Matemática, que conta com a ajuda do filho de 10 anos para fazer as tomadas de cena. “Sempre que fazemos algo novo nos deparamos com incertezas, mas acredito que neste momento estamos todos, estudantes e professores, tentando fazer o melhor para que possamos passar por esse período e, ao olharmos para trás, vermos que evoluímos.”

Para a educadora Caroline Battisti, o momento é mais desafiador que nunca para os professores. “Desconstruímos a prática educacional presencial enquanto nos reinventamos como profissionais. Mas a desacomodação faz parte da nossa profissão. O desafio é grande, mas a dedicação e o comprometimento são ainda maiores, pois seguimos juntos no objetivo de uma sociedade mais consciente”, avalia a professora de Ciências da EMEF Pedro Cattani.

Os materiais elaborados pelos professores são enviados por grupos de WhatsApp aos pais ou alunos, ou são disponibilizados em versões impressas a quem não tem acesso a tecnologias. A Prefeitura ampliou o sinal de internet nos arredores das escolas, para quem precisar carregar os conteúdos. “Não podemos segregar grupos de alunos. Todos têm direito à educação e não podemos ampliar as desigualdades diante desta pandemia”, acrescenta Simone.

A secretária avalia o esforço conjunto das direções de escolas, professores, pais e alunos para reorganizar as suas rotinas diárias. “Sabemos que será um ano com algumas perdas pedagógicas, mas é necessário, neste momento, uma adaptação por parte das escolas e famílias”, avalia.

“Hoje podemos perceber o quanto a escola é importante e necessária em uma comunidade, não apenas para o conhecimento, mas para a socialização, relacionamentos e convivência. A tecnologia está nos ajudando muito e será incorporada às aulas, mas o contato humano é fundamental”, conclui Simone.

A SMEd deixa seu agradecimento especial aos professores e famílias, que estão concretizando o projeto “Escola guiada por valores – Escola e família juntas na educação”.

Conheça alguns dos trabalhos desenvolvidos pelos professores da rede municipal:

Professora Katryne Ávila, de Língua Portuguesa, da EMEF Visconde de Cairu:
Professor Marcos Cerutti, de Matemática, da EMEF Madre Justina Inês:
Professora Caroline Battisti, de Ciências, da EMEF Pedro Cattani:
Professor Jonathan Kegler, de Geografia, da EMEF Madre Felicidade:
Professora Cristiane Ferrari, de Ciências, da EMEF Madre Felicidade:
Professora Tânia Morelatto, de Matemática, da EMEF Madre Felicidade:
Professora Natália Ribacki, de Arte, da EMEF Madre Felicidade:

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