A cada mês que passa os números da produção de móveis no estado do Rio Grande do Sul comprovam reação, após cerca de dois meses bastante duros para o setor. O resultado, em julho, comprova a boa expectativa dos empresários, com a fabricação de 7,1 milhões de peças, representando aumento de 41,5% em relação ao mês anterior. As informações constam no relatório ‘Conjuntura e comércio externo do setor de móveis no Brasil,’ com informações de julho e agosto, encomendado pela Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) e produzido pelo IEMI – Inteligência de Mercado.
Para o presidente da Movergs, Rogério Francio, o desempenho do setor está longe do ideal para 2020, mas, aos poucos, os empresários estão se reerguendo. “2020 está sendo mais um ano de superação para o setor, a exemplo dos últimos quatro, cinco anos. E quem afirma que não aprendeu com a pandemia está mentindo. Esse grande surto despertou o mercado online, como uma nova e forte possibilidade de vendas, e tem nos mostrado também que precisamos estar abertos para o novo, para o diferenciado. Não dá mais pra fazer as mesmas coisas, temos que aprender com o inusitado e nos tornarmos cada vez mais competentes”, ressalta Francio.
Exportações
A exemplo de julho, quando as exportações avançaram 13,2%, somando US$ 13,0 milhões, o mês de agosto apresentou alta de 22,6%, totalizando US$ 16,0 milhões. Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, respectivamente, juntos, foram responsáveis por 84,9% dos valores exportados em agosto, seguidos pelo estado de São Paulo que apareceu na 4ª posição, com 11,9% dos valores.
Os Estados Unidos aparecem na liderança como principal destino das exportações de móveis do RS com 21,7%, seguido pelo Peru com 12,3% e Uruguai com 12,2%. Destaque para o crescimento expressivo das exportações para a Colômbia e Peru, 173% e 137%, respectivamente, em agosto frente ao mês anterior.
Consumo aparente
O volume do consumo aparente de móveis apenas no Rio Grande do Sul foi de 6,3 milhões de peças em julho, aumento de 46,4% em relação ao consumo registrado no mês anterior.