Rio Grande do Sul

RS não registrou corrida por ivermectina

A proibição das vendas dos medicamentos antiparasitários e anti-helmínticos, como a ivermectina, sem prescrição médica, teve pouco efeito nas farmácias do Rio Grande do Sul. Segundo dado do levantamento realizado pela Linx, especialista em tecnologia para o varejo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (IBRE FGV), a quantidade do medicamento vendida no mês de agosto caiu apenas 3,85% em relação a julho deste mesmo ano.

A queda é bastante pequena comparada ao cenário nacional. Em todo o país, segundo análise, a quantidade do medicamento vendida em agosto caiu 78,5% em relação ao mês anterior. Antes, a corrida às farmácias brasileiras havia sido intensa, registrando uma alta de 235% em junho, e 54% no mês seguinte. Enquanto isso, na Grande Porto Alegre, o crescimento foi sutil, de 8,66%, enquanto no mês seguinte, o aumento foi de 14,21%, demonstrando um comportamento diferenciado dos gaúchos em relação ao restante do país.

Na região, os medicamentos mais vendidos no mês de agosto foram os antidepressivos, antirreumáticos, analgésicos e antipiréticos e contraceptivos. Já o ticket médio na região da Grande Porto Alegre aumentou 35,2% em agosto de 2020 em relação a agosto de 2019, atingindo um valor de cerca de R$ 55. Para os outros municípios, o ticket médio de agosto de 2020 foi cerca de R$ 60, sendo 24,6% maior que o de 2019 para o mesmo período.

Média brasileira de gastos é maior

O ticket médio nacional em agosto de 2020, o valor observado ficou na faixa de R$ 45, um crescimento de 21% em relação ao mesmo mês no ano anterior. A classe mais vendida em agosto, com 13,7% de representatividade no volume total, foi a de antirreumáticos, como a hidroxicloroquina, e antiinflamatórios não esteroidais, como o ibuprofeno. Estes medicamentos reassumiram a liderança dos mais vendidos, já que no mês anterior figuravam em segundo lugar. A segunda posição em vendas do mês ficou com os analgésicos e antipiréticos, como Dipirona sódica e Paracetamol, com 12% de vendas. Fecham o top 3, com 11%, os contraceptivos hormonais.

Os dados foram obtidos a partir da análise de mais de 3 milhões de produtos farmacêuticos, sendo mais de 1,7 milhões de notas de compra, comparando os três últimos meses de agosto.

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