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Feira Cultural e Literária de Três Coroas incentiva arte inclusiva

Debate sobre anticapacitismo e leitura com tradução em libras foram algumas das atrações com programação 100% digital

A 14ª Feira Cultural e Literária de Três Coroas foi mais um dos eventos impactados pelo distanciamento social em 2020. Porém, nem mesmo esse fator impediu que a programação envolvesse e emocionasse o público através de incentivo à arte inclusiva, propondo atividades literárias, espetáculos teatrais e musicais, e bate-papos em formato 100% digital. A programação, que tinha como tema “Virar a página é transformar”, iniciou na terça-feira (8), e encerrou no domingo (13), com a apresentação da Orquestra de Sopros de Picada Café.

“Acredito que o mais interessante foi o envolvimento com artistas locais e poder proporcionar um espaço de qualidade para que eles pudessem mostrar a sua arte mesmo neste ano atípico. Estávamos no teatro, não tinha ninguém sentado na cadeira, só a produção, mas com as câmeras na frente e todos eles podendo se enxergar no momento que estavam se apresentando. Mesmo assim, aquele friozinho na barriga aconteceu para todos”, comenta a atriz e produtora cultural Maura Rodrigues.

A Feira foi uma realização do Coletivo Pró Cidadania, da Prefeitura Municipal de Três Coroas e do Sesc/RS. Contou com o apoio da Faccat, TCA, Brasil Raft Park, Escola Melhor Opção, TrescoPark e Governo Federal – Secretaria Especial da Cultura/Ministério do Turismo por meio do Fundo Nacional da Cultura – FNC. Confira os destaques do evento:

Anticapacitismo em debate

Na sexta-feira (11), as escritoras e jornalistas Lau Patrón e Lelei Teixeira, e o advogado ativista Marcos Bliacheris, participaram de um debate sobre capacitismo e preconceito com pessoas com deficiência. A conversa teve mediação do jornalista Rafael Tourinho Raymundo.

Teatro e música

Para os amantes do teatro, a Feira trouxe dois espetáculos infantis. A peça “Filó de Bolso” da Las Brujas Cia. de Teatro e Artes Integradas, inspirada no livro “A menina do cabelo vermelho” contou, também, com tradução em libras, mostrando que a inclusão é uma das maneiras de virar a página e garantir a transformação social. Já a Trupe Onde a Palavra se Diverte apresentou a peça “O Museu Desmiolado”, baseada no livro homônimo de Alexandre Brito.

Durante a semana ocorreram, ainda, diversas atividades voltadas para o universo da música. O evento teve a presença do cantor e compositor Porthos Olinto, e a apresentação do Sarau Voador, comandado pelo jornalista Roger Lerina e a atriz e produtora Deborah Finocchiaro. Além disso, o rapper e educador social Chiquinho Divilas apresentou um bate-papo com rima e intervenção.

Lançamentos

A 14ª edição da Feira foi marcada também pelos lançamentos literários. Na sexta-feira (11), ocorreu a estreia do livro “No rio que corre ligeiro”, do escritor Claudir dos Santos, que fala sobre a história da canoagem, seu desenvolvimento coletivo e traz registros históricos da modalidade no Vale do Paranhana. Já no dia de encerramento do evento (13/12), foi realizado o lançamento do novo livro de Lelei Teixeira, “E fomos ser gauche na vida”. A obra traz memórias da jornalista e também de sua irmã, Marlene Teixeira, que faleceu em 2015, além de colocar em pauta a discriminação com o nanismo.

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