O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC-RS), divulgado pela Fecomércio-RS nesta terça-feira, dia 09, teve aumento de 1,8% em fevereiro passado e atingiu os 104,8 pontos. Esse resultado sucede uma baixa de 4,5% ocorrida no mês de janeiro e que interrompeu uma série de quatro altas mensais consecutivas. Em relação a fevereiro do ano passado, o índice variou -14,9%.
A interrupção da tendência de alta do índice no começo de 2021 pode refletir uma certa frustação com as expectativas geradas em torno das vendas de final de ano. A alta em fevereiro, por sua vez, poderia refletir especialmente o efeito positivo do início do processo de vacinação. Todavia, todos os indícios são de que esse aumento não consolide uma tendência. O recente agravamento da pandemia associado às restrições rígidas ao funcionamento do comércio no RS deve impactar negativamente a confiança do empresariado, em especial os do comércio de bens e de serviços.
O componente do Índice que avalia a percepção dos empresários acerca das condições atuais teve aumento de 6,9% ao atingir os 82,0 pontos. Dos três componentes que compõem o ICEC, este foi o mais afetado pela pandemia e agora atingiu o maior valor desde abril de 2020. O indicador de condições atuais da economia está, entre todos os indicadores, no patamar mais baixo entre os indicadores (64,0 pontos). Já o índice que avalia as expectativas teve aumento de 1,5% e registrou 138,6 pontos. Por fim, o componente do ICEC que avalia as condições de investimento foi o único componente a apresentar recuo mensal (-1,8%). O indicador registrou 93,6 pontos, com recuo tanto nos indicadores relativos à contratação de funcionários quando na avaliação atual dos estoques. O nível de investimentos apresentou um aumento marginal (0,5%).
“A confiança é um elemento central no que diz respeito à dinâmica da economia. Em fins de janeiro, víamos um empresariado mais otimista, vislumbrando uma realidade menos pior do que a verificada ao longo de 2020. O recente agravamento da pandemia e as fortes restrições aplicadas atualmente ao comércio certamente reverterão essa perspectiva, atrasando ainda mais a recuperação da atividade, fundamental para a manutenção do emprego e da renda”, avalia o presidente do Sistema Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Veja aqui a análise completa do ICEC.