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“Teresas de Itapuã” de Gabriela Coral

O romance narra a história de duas mulheres com passados diferentes unidas pela cumplicidade do confinamento no Hospital Colônia Itapuã

Em seu primeiro romance Teresas de Itapuã (Libretos, 200 páginas, R$40), Gabriela Coral conta as histórias de personagens cujas trajetórias de vida foram interceptadas, tendo o limite físico assaltado suas melhores escolhas. No Hospital Colônia Itapuã, em uma comunidade isolada e dividida entre doentes e sadios, a narrativa acompanha a vida de Maria Teresa e Ana.

A simbologia encontrada pela autora, que é médica hepatologista, ao tratar o convívio entre pacientes com hanseníase na década de 1950 e 1960, nos faz entender e respeitar o confinamento imposto na época, em uma separação do mundo em polos opostos.

“Foram muitas as Teresas que atravessaram o pórtico do Hospital Colônia Itapuã, moraram em suas casas geminadas, frequentaram suas duas igrejas, dançaram no pavilhão de diversões ou namoraram na praça do chafariz. Esta é a história de duas delas – Maria Teresa e Ana – cozinheira, uma; estudante de direito, a outra. Mulheres com passados diferentes unidas pelo estigma da hanseníase e pela admirável capacidade de adaptação do ser humano. Uma afirmativa surpreendente contendo duas palavras à primeira vista incompatíveis – felicidade e leprosário – levou Gabriela Coral a mergulhar no mistério de um universo paralelo, dividido pela barreira da incompreensão e do medo, onde, no entanto, era possível ser feliz”, destaca a escritora Anna Mariano na contracapa.

Do exercício da medicina, Gabriela avalia que a escuta atenta aos pacientes e a empatia foram determinantes para a escrita do livro. Um dia, ouviu de uma paciente sobre o Hospital Colônia Itapuã: – Eu fui muito feliz lá dentro. “Olhava para ela incrédula e esta frase foi o que me moveu a escrever a narrativa”. Assim, pesquisou, dedicou-se e construiu o romance, Teresas de Itapuã. “Gosto muito de estudar o aspecto psicológico do ser humano. Sou observadora e compreendo rapidamente as dinâmicas familiares.

Os relatos, as histórias de vida, as perdas e as conquistas – às vezes pequenas – são parte importante da consulta médica. O amor pelo ser humano e a compaixão exercida à beira do leito me estimularam a criar personagens fictícios com emoções reais.”

A capa do livro apresenta a obra de Gildásio Jardim, artista que mora em Padre Paraíso, Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha. Seu trabalho é uma pintura em 3D feita em telas com tecidos (chita). Ele retrata lembranças de sua infância e imortaliza sua gente e seus hábitos cotidianos.

O lançamento de Teresas de Itapuã acontece no dia 26 de maio (quarta-feira), às 19 horas, na Sala Libretos no Facebook/libretoseditora, com reapresentação no dia 28 (sexta-feira), no mesmo horário, no YouTube (libretos100). A live reúne a autora Gabriela Coral, a escritora Anna Mariano e a editora Clô Barcellos em bate-papo sobre a construção da narrativa.

Gabriela Coral

Formada em Medicina em 1996, especialista em Gastroenterologia e Hepatologia, com doutorado em São Paulo na USP, Gabriela Coral publicou contos na Antologia de contos 2, oficina de criação literária de Sérgio Côrtes, Alquimia da Palavra, 1992. Gabriela Coral nasceu em Porto Alegre/RS em 26 de maio de 1972.

Teresas de Itapuã, de Gabriela Coral

Onde encontrar:
Nas livrarias e no site www.libretos.com.br

Serviço:

  • Dia 26 de maio, às 19h
  • Sala Libretos (facebook@libretoseditora)
  • Lançamento do romance “Teresas de Itapuã”
    com Gabriela Coral, Anna Mariano e Clô Barcellos

Reapresentação
Dia 28 de maio, às 19h
(Youtube/libretos100)

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