Mercado Público de Porto Alegre tem futuro discutido entre prefeitura e ACPA
Prefeitura e Associação Comercial debatem o encaminhamento e as as razões que balizaram a decisão de revogar a licitação para a concessão do espaço
Porto Alegre /RS – O novo modelo de negócios pretendido pelo Executivo Municipal para o Mercado Público foi debatido com a Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). O secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer, apresentou à diretoria da entidade a proposta elaborada pela Prefeitura de Porto Alegre em reunião virtual ocorrida nesta terça-feira, 13.
Schirmer explicou as razões que balizaram a decisão de revogar a licitação para a concessão do Mercado Público. De acordo com o secretário, a intenção da atual administração é garantir que o espaço continue público e fazer com que ele se torne autossustentável. “O projeto de concessão que existia era contestado pela Justiça e pelos próprios mercadeiros. Como não foi encontrada viabilidade jurídica na proposta apresentada pela associação que representa os permissionários, optamos por uma nova abordagem, pactuada desde o início com os comerciantes”, afirmou.
A ideia da prefeitura é manter o espaço sob o controle da administração municipal, mas com o seu dia a dia gerido por uma empresa especializada em administração condominial, num processo que contará com a participação constante dos permissionários. “Com a abertura do segundo piso, estimamos que as receitas geradas subam para cerca de R$ 500 mil mensais, quase o dobro do que atualmente é arrecadado”, disse Schirmer.
Além da abertura do segundo piso, a administração municipal pretende iniciar ainda em 2021 a pintura (interna e externa), a manutenção das escadas rolantes e a troca dos elevadores. Também estão previstas a substituição dos deques e a recuperação do chafariz localizado no Largo Glênio Peres. “Já temos um parceiro que doará as tintas e estamos em tratativas para que as demais reformas sejam custeadas através de medidas compensatórias de empreendimentos recentemente feitos na cidade. Pretendemos entregar o Mercado revitalizado no aniversário de 250 anos da Capital”, assegurou Schirmer.
Para Paulo Afonso Pereira, presidente da ACPA, a revitalização do Centro Histórico precisa começar o mais rápido possível, em razão do tempo decorrido sem ações efetivas e resolutivas. “Somos parceiros para somar esforços na construção ou reconstrução da Capital. Temos a certeza de que a prefeitura conta com pessoas que pensam e fazem pela cidade”, enfatizou.