OSPA apresenta pela primeira vez obra fundamental para o fagote
No próximo sábado (11), a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), executa a obra escrita por J. Hummel especialmente para o fagote, mais grave instrumento de madeira da família dos sopros.
A fagotista colombiana Ange Bazzani fará este solo. A apresentação deste sábado, intitulada “Fagote e Outras Cores”, também inclui um sucesso mundial vindo da Noruega e uma “sinfonieta” com ritmos brasileiros, tudo sob regência do maestro do Coro Sinfônico da OSPA, Manfredo Schmiedt.
Até pouco tempo atrás, a partitura de “Grande Concerto para Fagote e Orquestra em Fá Maior”, do austríaco Johann Nepomuk Hummel (1778 – 1837), tinha um custo proibitivo. Agora, a OSPA conseguiu adquirir uma cópia a preço acessível e poderá executar o trabalho pela primeira vez.
A OSPA também interpreta no mesmo dia outra obra essencial: “Suite n.º 1, op. 46”, parte de “Peer Gynt”, obra-prima que Edvard Grieg (1843-1907) escreveu para a peça homônima de Henrik Ibsen (1828-1906). O sucesso obtido desde a estreia, em 24 de fevereiro de 1876, perdura até hoje. Trechos da suíte podem ser ouvidos em um filme de Fritz Lang, um disco da banda Electric Light Orchestra ou em um episódio de “Os Simpsons”, entre outros.
Em seguida, a OSPA aposta na sonoridade brasileira de “Sinfonietta Prima”, de um dos compositores mais destacados do país, o mineiro Ernani Aguiar. Datada de 1990, a obra é bastante irreverente: Aguiar escreveu que o segundo movimento retrata ele mesmo “bêbado, subindo uma ladeira da minha Ouro Preto numa madrugada de quarta-feira de cinzas”.
A partir de 11 de setembro, o limite de público na Casa da OSPA sobe para 400 pessoas, um pouco menos de 40% da lotação. O ingresso é 1kg de alimento não perecível. Os concertos seguem com transmissão gratuita ao vivo pelo canal da OSPA no YouTube.