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Transformações na pandemia seguem balizando mercado

O coronavírus acelerou mudanças de consumo que há algum tempo eram debatidas na sociedade. Com o isolamento social, serviços de delivery, clubes de assinatura, home office e lojas de e-commerce ganharam maior popularidade. As transformações ocasionadas no período devem permanecer em alta na rotina dos gaúchos no cenário pós-pandemia. Esse é o resultado apontado pelo Relatório de Tendências Comportamentais do RS (Prevers). Lançado nesta terça-feira (7/12), o documento mapeou tendências de mercado para a indústria criativa do Estado nos próximos anos.

Desenvolvido pela Universidade Feevale e a Secretaria da Cultura do RS (Sedac), o relatório é dividido em cinco dimensões: cultura e sociedade; tecnologia e empreendedorismo; marcas e conteúdos; cidades e turismo; e bem-estar. Com metodologia estatística, analítica e qualitativa, a pesquisa científica fez um aparato do cenário regional em relação às tendências mercadológicas. “O Prevers se concretiza como resultado de um trabalho extenso de análise que gerou um mapeamento dessas tendências, que servem de caminho para a indústria criativa”, afirmou o coordenador do Mestrado Profissional em Indústria Criativa da Feevale, Cristiano Max Pereira Pinheiro.

Entre os apontamentos levantados, está o crescimento no consumo dos idosos. O Prevers destaca que o termo “economia prateada”, usado para se referir a esse público, é um nicho de mercado que tende a crescer. Segundo o estudo, Porto Alegre é a segunda capital do país com maior população acima dos 55 anos. “Esses motivos levam empresas gaúchas a estarem de olho nesse público-alvo, que está cada vez mais ativo e em busca de novidades no mercado”, explica a professora do Centro de Design Renata Fratton Noronha.

Outro termo que apareceu com frequência nos resultados foi o “coworking”, também conhecido como espaços compartilhados de trabalho. Com a crise econômica a partir da pandemia, muitas empresas fecharam as portas e os escritórios colaborativos ganharam popularidade entre os profissionais. De acordo com dados do site Coworking Brasil, o país registrou, no ano de 2021, mais de 50 espaços online em 17 cidades. “E essa é uma tendência que veio para ficar. Os espaços coworking mostraram-se uma ótima alternativa em meio a pandemia, que deve permanecer ativa no período pós-coronavírus”, ponderou a professora do Mestrado em Indústria Criativa Vanessa Valiati.

Com o auxílio de 15 pesquisadores bolsistas e voluntários, o Relatório de Tendências contou com o suporte do programa RS Criativo, do governo estadual. A solenidade de lançamento foi realizada na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre. O relatório completo pode ser acessado clicando aqui.

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