O número de mortos em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, subiu para 123, segundo dados divulgados pela Defesa Civil estadual. A cidade foi fortemente atingida por um temporal na terça-feira (15) e passa pelo quarto dia de trabalhos de recuperação das áreas atingidas, que ainda sofrem com a chuva contínua no município.
Pelos registros das equipes da Defesa Civil Municipal, houve registro de 553 ocorrências, entre elas 436 foram por deslizamentos, 29 por alagamentos e 88 por avaliações de riscos. Por causa do acumulado pluviométrico das últimas horas e da previsão de permanência de chuva para o município, todas as sirenes do primeiro distrito permaneceram acionadas ao longo da noite. Conforme os últimos dados, 849 pessoas estão acolhidas em 19 pontos de apoio da cidade.
“Seguimos em mais um dia de muito empenho no atendimento à população para retomar o funcionamento da nossa cidade”, disse o prefeito Rubens Bomtempo, que agradeceu o reforço de órgãos dos governos estadual e federal à cidade.
De acordo com o secretário de Defesa Civil, Tenente Coronel Gil Kempers, os trabalhos de atendimento a chamados e de acompanhamento das ocorrências dos últimos dias permanecem com todo o efetivo. “Nosso efetivo está completamente empenhado nos atendimentos de novos chamados, além de dar suporte na continuidade dos casos registrados nesse período”, relatou.
Deslizamentos
O órgão identificou lugares que ainda oferecem algum tipo de impacto para a população. “Há um deslizamento no Atílio Marotti, com risco de afetar uma residência. A família se deslocou para casa de familiares, assim como os moradores de uma residência no Morin, onde os agentes atuam nesta manhã em outros três deslizamentos na região. No Bairro Floresta, as equipes fazem o acompanhamento de 15 pessoas, de duas casas afetadas por deslizamento, que estão sendo orientadas a buscar local seguro”, informou, acrescentando que uma equipe foi deslocada para o bairro Castelânea, onde o Corpo de Bombeiros atua no resgate de vítimas. A equipe técnica com geólogos faz avaliação de toda a área afetada no Caxambu.
Os moradores que precisam deixar as residências por causa de deslizamentos que oferecem risco, e não têm alternativa de acolhimento em casa de familiares, estão sendo orientados a se dirigir aos pontos de apoio e acolhimento instalados em escolas do município. No momento, são 19 pontos, mas o número varia de acordo com a necessidade de cada região. “Nos locais está sendo oferecidos atendimento de assistentes sociais, além do suporte de profissionais de saúde, educação, agentes aomunitários e da Defesa Civil”, informou em nota.
Nesta sexta-feira, agentes das polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal, militares do Exército, integrantes das unidades de Defesa Civil de Itaboraí, Areal, São Gonçalo e Maricá; e do INEA e da empresa de energia Enel, reforçam o efetivo da prefeitura no município.