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Tenho anterolistese grau 1. Isto é grave?

Todas as nossas articulações são essenciais para manter a nossa qualidade de vida. Afinal de contas, é por causa delas que conseguimos fazer atividades simples do dia a dia, como andar, correr, agachar, segurar objetos etc.

Por isso, quando se recebe a notícia de que se tem algum problema capaz de afetar tais regiões, é normal que o paciente fique bastante apreensivo. Será que vou perder a sensibilidade da área afetada? Vou parar de me locomover? Preciso recorrer a cirurgia?

Essas são apenas algumas das dúvidas mais comuns a respeito do assunto. Então, se você foi diagnosticado com anterolistese grau 1, é de grande importância obter clareza a respeito de todas essas questões, até mesmo para que você se sinta mais seguro.

Fato é que esse é um tipo de problema do qual a grande maioria das pessoas sequer tem conhecimento e, por isso, acabam achando que se trata de algo grave. Mas será que é mesmo? Uma das formas de fazer com que a pessoa se sinta mais segura em relação ao problema, é através da informação.

Por isso, uma das primeiras coisas a se fazer, assim que se descobre essa doença, é procurar por informações e entender melhor o seu problema. Será que preciso fazer uma cirurgia endoscópica de coluna? Falaremos sobre mais detalhes desse assunto no decorrer desse artigo.

O que é anterolistese grau 1?

A primeira coisa a se fazer é entender o que é anterolistese grau 1. Mas, para facilitar um pouco mais o seu entendimento, é interessante entender a etimologia da palavra, o qual irá lhe dar um ótimo norte a respeito da doença.

Em suma, “Antero” nada mais quer dizer que “frente”, enquanto olisthesis (original do grego), significa deslizamento ou deslocamento. Então, a anterolistese é quando a vértebra se desloca para frente da coluna, em relação à vértebra posicionada em baixo.

Agora, no caso do “grau 1”, quer dizer se tratar apenas de um deslizamento mais simples, sem muito agravo. Contudo, ela pode ser tanto uma situação estável quanto instável, a qual se configura como um tipo de espondilolistese.

O que causa a anterolistese grau 1?

Outra coisa que você deve entender sobre esse assunto diz respeito às possíveis causas. Dizemos isso porque, a depender do agente causador, o seu problema pode se tornar mais ou menos grave. Daí a importância de entender esse tópico.

Inclusive, até mesmo antes de procurar fazer fisioterapia para coluna, deve-se saber o que ocasionou, para assim entender quais foram as possíveis lesões e saber quais são os melhores exercícios, que não agrave ainda mais o caso.

Há mais de uma causa para a anterolistese grau 1, no entanto, a mais comum e frequente é devido a morfologia da bacia e coluna de uma pessoa. Mas por que e como isso acontece? Entender isso é mais simples do que você imagina.

Em suma, todo mundo tem uma curva na região lombar, a qual se chama lordose. Essa curva lombar se direciona para a região traseira. Inclusive, é por conta da lordose lombar que se pode ter equilíbrio lateral da colina. Ou seja, é o que nos faz ficar de pé.

A lordose é uma das peças essenciais no bipedalismo. No entanto, cada pessoa tem um padrão de lordose diferente. Ela pode ser de um ângulo X ou Y. Fora isso, uma pessoa pode ter mais ou menos lordose.

Então, a depender desse tipo de distribuição de ângulos das vértebras lombares, ela pode sim deslizar para frente, em relação à vértebra de baixo dela. A lordose de uma pessoa influencia de forma direta o que vai acontecer com a coluna de um paciente.

Há doenças associadas que influenciam o tipo de tratamento?

Uma outra coisa da qual você deve entender sobre esse assunto é que há algumas doenças associadas que são capazes de influenciar no tipo de tratamento, o qual o seu médico deve levar em consideração. Dentre eles, podemos citar:

Discopatia degenerativa: nada mais é que uma condição progressiva, a qual afeta os discos intervertebrais. E, ainda que sejam mais comuns na região lombar, afetam outras partes da coluna;
Hérnia de disco: um médico especialista em joelho pode identificar uma hérnia de disco. Nesse caso, o tratamento deve ser diferente.;
Protusão discal: é quando ocorre o abaulamento do disco intervertebral, lombar ou torácico cervical;
Radiculopatia: trata-se de uma doença da raiz de um nervo. Por isso, pode ser ocasionada por meio de um nervo que foi comprimido ou de um tumor;
Artrose facetária: nada mais é quando a articulação se degenera, a qual ocorre com mais frequência na região lombar.

Qual é o tratamento da anterolistese grau 1?

Como você pôde notar através do tópico anterior, há diversas doenças que podem alterar o tratamento da anterolistese grau 1. Por conta disso, é quase que impossível afirmar que o tratamento deve ser este ou aquele.

Na verdade, o médico deve avaliar, de forma individual, o paciente. Ao fazer isso, deve-se levar em consideração todo o histórico, bem como as doenças que o indivíduo tem ou aquelas que ele já teve, por exemplo.

É apenas depois dessa avaliação bem detalhada que se pode indicar o tratamento mais indicado. Mas, no geral, as formas mais comuns de se tratar essa doença, é:

Rizotomia química percutânea

Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, o qual serve para aliviar as dores lombares, por exemplo. Para tal, deve-se fazer com algumas agulhas, as quais são colocadas através da pele, mas guiadas por raio x.

Artrodese

Se você já teve que passar por uma cirurgia no ombro, é bem provável que já tenha ouvido falar desse tipo de tratamento. Em suma, nada mais é que um tipo de procedimento cirúrgico, do qual a intenção é estabilizar o movimento entre duas ou mais vértebras.

Mas, só é possível obter essa estabilização através da formação de pontes ósseas, as quais devem se unir às vértebras, impedindo a movimentação, além de formar um bloco de osso no segmento que foi operado.

ALIF

Também é um tipo de cirurgia da coluna vertebral, a qual deve acessar a coluna a partir da frente do corpo, a fim de remover o disco ou mesmo a partir do material ósseo entre duas vértebras adjacentes lombares.

Estabilização dinâmica

A estabilização dinâmica posterior da coluna, por sua vez, é uma técnica um tanto quanto moderna, também minimamente invasiva. Nesse caso, um dos intuitos é tratar a dor lombar crônica persistente. No entanto, ela está associada a técnicas de descompressão do nervo.

O sistema de estabilização dinâmica se baseia em parafusos pediculares, os quais servem como dispositivos de carga, a fim de descarregar o disco degenerado e também minimizar a transferência de carga para as facetas posteriores.

Microdiscectomia

Também é um procedimento cirúrgico, o qual é um dos mais comuns. No entanto, na grande maioria das vezes, faz-se em pacientes com hérnia de disco. Em suma, o tratamento consiste em remover uma porção do disco intervertebral, que é a parte herniada ou saliente.
A maneira como o cirurgião irá fazer essa técnica pode variar de acordo com diversos fatores, mas o importante é que seja um especialista a cuidar da sua questão.

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