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AVC é previsível, e cada vez mais precoce

Segundo o neurologista Mauricio Friedrich, do Hospital Mãe de Deus de Porto Alegre, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) não é apenas uma doença de idosos. O número de casos entre jovens na faixa dos 30 a 45 anos está aumentando no mundo todo, com dados recentes mostrando 10 a 12 casos para cada cem mil habitantes.

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Os principais fatores que aumentam a propensão de jovens a sofrer um derrame são cardiopatias congênitas, obesidade, sedentarismo e fumo. Segundo Mauricio estes fatores são responsáveis por índices cada vez maiores de diabetes e hipertensão, doenças que crescem em nível epidemiológico e, não raro, culminam em AVC.

Alerta para público feminino

Entre mulheres até 30 anos, a situação pode ser mais grave. Jovens, fumantes, que usam pílula anticoncepcional e sofrem de enxaqueca estão em um grupo de alto risco. Especialmente as que sofrem da chamada “enxaqueca com aura”, que apresenta além da dor alguns sintomas neurológicos antes da crise, como a visualização de pontos luminosos, figuras geométricas e até mesmo perda de força e sensibilidade.

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A genética é também fator determinante na tendência ao derrame cerebral. Porém hábitos de vida saudáveis como boa alimentação, prática constante de exercícios físicos, abolição do tabagismo, controle do uso do álcool, além do adequado controle dos níveis da pressão arterial tem peso muito maior do que a herança, e podem reduzir consideravelmente o risco, alerta o especialista.

Segundo o neurologista, os fatores acima tem relevância tão alta no aumento do índice de AVC entre jovens que, atualmente, esta já é considerada uma doença previsível. A boa notícia é que, ao mesmo tempo, é totalmente passível de prevenção, através de práticas de vida saudáveis.

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